Quem viu o ex-governador Roberto Requião (PMDB) em Londrina, ao se despedir do cargo para concorrer a uma vaga no Senado, bradando a frase "Depois do Requião, vem o Pessutão", não acredita que ele tenha mudado de postura tão rapidamente. Ele já está disparando críticas contra seu sucessor, Orlando Pessuti, que durante quase oito anos foi seu vice-governador.
Ontem à noite (27) Requião se reuniu pela primeira vez com a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa desde o início de abril. De acordo com o site Bem Paraná, que acompanhou a reunião, Requião se demonstrou furioso com as mudanças feitas por Pessuti nos primeiro e segundo escalões da administração estadual, demitindo, por exemplo, Luiz Fernando Delazari, da Secretaria de Segurança Pública.
De acordo com o site, o ex-governador afirmou que não apoiará a candidatura do sucessor ao governo nas eleições de outubro.
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Porém, Requião também não indicou se apoiará algum dos outros dois pré-candidatos colocados na disputa – o senador Osmar Dias (PDT) e o ex-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB).
O líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), minimizou ontem as divergências entre Requião e Pessuti. Romanelli alega que Requião é "muito emotivo", e que acabará apoiando a candidatura de Pessuti ao governo.