A presidenta Dilma Rousseff recebeu nesta quarta-feira (4) as credenciais de 22 embaixadores que vão atuar no Brasil, entre eles o da Indonésia, Toto Riyanto. Em fevereiro, Dilma não recebeu a carta credencial do diplomata após o governo da Indonésia ter executado o brasileiro Marco Archer, condenado à pena de morte por tráfico de drogas. A presidenta intercedeu pelo brasileiro junto ao governo indonésio, mas não foi atendida.
Na ocasião, outro brasileiro, Rodrigo Gularte, também condenado à pena de morte na Indonésia pelo mesmo crime, aguardava execução. Após a cerimônia de fevereiro, a presidenta disse que havia adiado o recebimento das credenciais do diplomata até que se tivesse clareza sobre a condição das relações entre os dois países.
Hoje, ao receber as credenciais de Riyanto, Dilma conversou brevemente com o diplomata, a exemplo do que fez com os demais, e os dois posaram para fotos.
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De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, um embaixador assume o posto depois de entregar documentos ao governo do país onde irá atuar e Riyanto havia apresentado a documentação ao Itamaraty em novembro de 2014. A entrega das credenciais ao presidente da República é uma formalidade que aumenta as prerrogativas de atuação do diplomata no Brasil. Depois de Dilma não ter recebido as credenciais, o governo da Indonésia chamou Riyanto de volta a Jacarta.
No dia 17 de janeiro, Marco Archer foi fuzilado na Indonésia, em cumprimento à pena de morte por tráfico de drogas. Após a execução, Dilma convocou o embaixador brasileiro na Indonésia, um ato diplomático que demonstrou a insatisfação do Brasil. Mais tarde, em abril, Rodrigo Gularte, também foi executado.
As demais credenciais recebidas hoje pela presidenta foram dos embaixadores de Luxemburgo, da Letônia, do Turcomenistão, da Indonésia, da República Argelina Democrática e Popular, da Nova Zelândia, das Filipinas, da República Dominicana, da Costa Rica, do Malaui, da Coreia do Norte, da Coreia do Sul, dos Emirados Árabes, do Canadá, do Sri Lanka, França; do Mali, do Egito, do Sudão, do Gabão, da Eslovênia e da União Europeia.