O vereador afastado Rony Alves (PTB) chamou o vereador Filipe Barros (PRB) de "oportunista" após pedido de cassação de Alves e Mário Takahashi (PV). "Eu duvido que ele teve tempo para ler todas as peças do processo. Mais do que isso, ele só ouviu a parte do Ministério Público. Em nenhum momento, ele teve a grandeza de ouvir os vereadores com direito a ampla defesa. Isso é mais do que oportunismo", afirmou Rony em coletiva de imprensa.
Os vereadores afastados prestaram depoimento na conclusão das oitivas da operação ZR-3, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na tarde desta sexta-feira (2) na sede do Ministério Público em Londrina. Ambos são suspeitos de integrarem um grupo que cobrava propina para aprovação de mudanças de zoneamentos no município.
Filipe Barros afirmou, em entrevista ao Portal Bonde, que os dois parlamentares que estão sendo investigados pelo Gaeco terão direito de defesa na Comissão Processante (CP). "Durante o processo, eles poderão alegar o que tiverem que alegar. Os dois sabem como funciona a comissão. O Rony Alves, inclusive, foi relator de uma CP. Esse é um direito constitucional deles. Em segundo lugar, a sociedade pede transparência. A denúncia do Ministério Público foi grave e, por isso, exigiu medidas cautelares."
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Na última sexta-feira (26), em coletiva de imprensa, Barros disse que após analisar a denúncia, entendeu o caso como gravíssimo. "Motivo pelo qual, ao nosso entender, houve quebra de decoro dos dois parlamentares. Por isso, apresentamos a denúncia com a solicitação para abrir uma Comissão Processante [CP] e investigar a quebra de decoro e, portanto, a cassação dos vereadores." Para o vereador, as provas apresentadas no processo são robustas. "Tenho plena convicção que houve quebra de decoro", ressaltou na ocasião.
(Colaborou Fernanda Circhia)
(Atualizada às 19h)