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Após proibição da Justiça, governo apaga mensagens de campanha anticonfinamento

Talita Fernandes - Folhapress
29 mar 2020 às 12:46
- Reprodução/Instagram
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O governo apagou postagens com mensagens da campanha "O Brasil não pode parar" de suas contas oficiais nas redes sociais após proibição da Justiça Federal no Rio de Janeiro.

A juíza Laura Bastos Carvalho decidiu neste sábado (28) que a União se abstenha de veicular peças publicitárias relativas à campanha "O Brasil não pode parar", defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e contrária a medidas de confinamento adotadas no país em meio à pandemia do coronavírus.

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A reportagem verificou que postagens feitas nos últimos dias com a hashtag #OBrasilNãoPodeParar foram removidas pelo menos de dois perfis oficiais do governo, como a conta no Twitter SecomVC e, no Instagram, Governo do Brasil.

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No Instagram havia a publicação de uma imagem com o slogan da campanha escrito e um texto com a seguinte mensagem: "No mundo todo, são raros os casos de óbitos do #coronavírus entre jovens e adultos. A quase-totalidade dos óbitos se deu com idosos".

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Mais adiante, a mensagem diz que o isolamento era recomendado para idosos e, para os demais, deveria haver atenção redobrada.


A decisão judicial impede a divulgação da campanha por rádio, TV, jornais, revistas, sites ou qualquer outro meio, físico ou digital.

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Procurada, a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) disse que não comentaria o apagamento dos posts.


Mais cedo, a Secom havia divulgado uma segunda nota reiterando que "definitivamente, não existe qualquer campanha publicitária ou peça oficial da Secom intitulada 'O Brasil não pode parar'. Trata-se uma mentira, uma fake news divulgada por determinados veículos de comunicação", diz a nota.

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Após repercussão negativa de um vídeo com a mensagem "O Brasil não pode parar", o Palácio do Planalto negou a existência de uma campanha com esse slogan, embora mantivesse em perfis oficiais algumas publicações com o mote.


As redes bolsonaristas propagaram um vídeo entre a noite de quinta (26) e sexta-feira (27) em que categorias como a dos autônomos e mesmo a dos profissionais da saúde são mostradas como desejosas de voltar ao regime normal de trabalho.

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"O Brasil não pode parar" encerra cada trecho do vídeo, inclusive para os "brasileiros contaminados pelo coronavírus".


O primogênito do clã bolsonarista, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido - RJ), foi o responsável por dar o chute inicial desta etapa da campanha #BrasilNaoPodeParar, em postagem no Facebook na noite de quinta.

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O vídeo gerou críticas e uma resposta da Secom que negava a intenção de que o vídeo fosse usado oficialmente.


Nos bastidores, assessores palacianos confirmaram que a mensagem foi espalhada para inflar a militância em apoio ao presidente, que vinha sendo alvo de panelaços diários na última semana.

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A liminar da Justiça do Rio foi concedida a pedido do Ministério Público Federal.


A decisão diz ainda que o governo não deve publicar qualquer outra campanha que sugira à população brasileira comportamentos que não estejam estritamente embasados com diretrizes técnicas.

A AGU (Advocacia-Geral da União) disse que aguarda ser intimada da decisão e solicitará subsídios dos órgãos envolvidos. "A AGU irá apresentará em juízo todos os esclarecimentos necessários à elucidação da questão."


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