Por seis votos a três, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Curitiba, que investigou denúncias de irregularidades nos contratos de publicidade da Casa, aprovou relatório, durante sessão desta terça-feira (20), que isenta o presidente licenciado, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), de qualquer responsabilidade no caso.
Segundo o relator, vereador Denilson Pires (DEM), a CPI encontrou indícios de irregularidades, mas não conseguiu comprovar materialmente a responsabilidade de ninguém. Os vereadores Paulo Salamuni (PV) e Pedro Paulo (PT) apresentaram relatório paralelo, responsabilizando diretamente Derosso e pedindo seu afastamento definitivo do cargo de presidente do Legislativo municipal.
Votaram com o relatório oficial, além do relator, Denilson Pires, os vereadores Nely Almeida (PSDB) , Emerson Prado (PSDB), Paulo Frote (PSDB), Zezinho do Sabará (PSB) e Zé Maria (PPS). Votaram pelo relatório paralelo, além de Salamuni e Pedro Paulo, o vereador Tito Zeglin (PDT).
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Segundo informações do blog Política em Debate, do site Bem Paraná, o relator admitiu que a comissão de licitação da Câmara "falhou" ao permitir que a empresa Oficina da Notícia, de propriedade da jornalista Cláudia Queiroz, atual esposa de Derosso, participasse da concorrência para contrato de R$ 5,1 milhões, para serviços de publicidade da Casa, em fevereiro de 2006, quando ainda ocupava cargo em comissão na Câmara. No entanto, o parlamentar alegou que "não há como comprovar que houve dolo".
Sobre os gastos de R$ 14 milhões com o jornal "Câmara em Ação", Denilson Pires alegou "não haver evidências de malversação do dinheiro público". O relatório se limita a recomendar o encaminhamento dos documentos ao Ministério Público, para apuração de responsabilidades. "A CPI não pode puxar para si uma decisão que é do delegado, promotor, juiz", alegou Denilson Pires. (com informações do blog Política em Debate, do site Bem Paraná)