A Assembléia Legislativa do Paraná não vai ter mais sessões até as eleições. A decisão foi tomada nesta terça-feira (12), pelo presidente da casa, deputado Pedro Ivo (PT). "A gente não pode ser hipócrita e ficar querendo conduzir os trabalhos, porque vai ser impossível reunir os deputados", justificou o presidente. Ele pretende que, após as eleições, todas as sessões sejam compensadas em votações extraordinárias.
Com a suspensão dos trabalhos, o presidente deve deixar para depois das eleições a decisão sobre instalação ou não de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de grampo telefônico envolvendo o Executivo paranaense. Os oposicionistas já protocolaram a proposta, tendo como base a prisão do policial Délcio Razera, que estava cedido à Casa Civil do governo do Paraná. Ele é acusado de comandar uma quadrilha que fazia escutas clandestinas.
Ele negou que a suspensão seja uma estratégia para esvaziar a chamada CPI dos Grampos. ''Não temos quórum para votar nada. Seria uma hipocrisia continuarmos com as sessões em período eleitoral'', justificou. De qualquer forma, o regimento interno da Assembléia Legislativa dá cinco dias para que sejam publicadas as CPIs requeridas.
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Deputados ligados ao governo deram a resposta e protocolaram pedido de outra CPI, mas para investigar grampos telefônicos ilegais nos últimos 12 anos. A intenção é retomar denúncias feitas no governo anterior, de que também teria havido escutas irregulares. "A Assembléia não pode servir para atender a interesses desse ou daquele grupo", justificou o deputado Nereu Moura (PMDB).
Pedro Ivo disse ainda que não há projetos de grande importância para serem votados. Ele garantiu que as sessões serão repostas depois, por meio de extraordinárias, sem custo. ''O regimento da Casa aboliu o pagamento das sessões extraordinárias'', comentou.
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