Há um ano, no dia 7 de setembro, eles reuniram 25 mil pessoas em Brasília para um ato contra a corrupção. Agora, querem repetir o feito. Os movimentos que surgiram nas redes sociais marcaram uma nova manifestação para sexta-feira. Além de invadir a Esplanada dos Ministérios na hora do desfile de comemoração da Independência do Brasil, há grupos organizando eventos parecidos em pelo menos outras 60 cidades do País.
Influenciados por movimentos como a Primavera Árabe, que levou vários líderes do mundo muçulmano a renunciar, esses grupos começaram a se organizar pela internet no ano passado. Hoje há dezenas deles no Facebook e, apesar de a maioria não atuar em conjunto, exibem características semelhantes, como se definirem como apartidários e fazerem manifestações pacíficas.
Um desses grupos, o Dia do Basta, está organizando marchas em 61 cidades brasileiras. Em São Paulo, o ato está marcado para as 15h, no vão do Masp, Avenida Paulista. Há, no entanto, movimentos que agendaram um protesto já para amanhã, quinta-feira. Segundo Renato Fel, coordenador do Mudança Já, eles optaram por fazer o ato na véspera do feriado para evitar o esvaziamento do evento, já que muitas pessoas viajam nessas datas.
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É em Brasília, porém, que se espera a maior concentração. Segundo o comerciante Lucio Batista, do grupo Nas Ruas, um dos movimentos que organizam a manifestação, mais de 30 mil pessoas devem comparecer. Esta não será a primeira manifestação do ano. Ao longo dos últimos meses, esses grupos promoveram diversos atos. O destaque foram as mobilizações para exigir que o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciasse o julgamento do processo do mensalão. Em maio, foi entregue aos ministros do STF um abaixo-assinado com mais de 35 mil assinaturas com essa reivindicação. A Corte começou a julgar o caso no início do mês passado.
Em sua 17.ª edição, o Grito dos Excluídos, organizado pela Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), deve realizar na sexta manifestações em 25 Estados. Este o ano, foco de suas críticas será o modelo econômico do País. "A todo momento ouvimos falar que o crescimento econômico vai bem, mas, ao mesmo tempo, a ONU aponta o Brasil como o quarto país mais desigual da América Latina", diz Ari Alberti, da coordenação nacional. Em São Paulo estão previstas duas marchas. Uma delas sairá da Praça Osvaldo Cruz, na Avenida Paulista. A outra, da Praça da Sé. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.