São Paulo - O candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB-PFL), participou na tarde de hoje (2), durante 40 minutos, de uma entrevista coletiva no Instituto Teotônio Vilela, em São Paulo. Logo no início da conversa, ele agradeceu aos eleitores pelos votos e, aos colegas de campanha, pelo engajamento em várias partes do Brasil.
Na disputa em segundo turno com o candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva, Alckmin disse que usará como uma das principais estratégias de campanha o aumento de viagens pelo país.
"A partir de já é pé na estrada e fé na estrada. Vamos trabalhar com grande entusiasmo, multiplicar, somar as lideranças responsáveis do Brasil para o grande projeto nacional de desenvolvimento", disse o ex-governador de São Paulo.
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Segundo ele, o governador eleito de São Paulo, José Serra, e o governador eleito de Minas Gerais, Aécio Neves, já se pré-dispuseram a percorrer o país durante sua campanha no segundo turno.
Outro ponto estratégico da campanha para o segundo turno, destacado por Alckmin, será o esforço para obter apoios de outros partidos.
O candidato conversou na tarde de hoje com o quarto colocado no primeiro turno da eleição presidencial, Cristovam Buarque (PDT) e pretende entrar em contato com Heloisa Helena (PSOL). O presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), já teria feito feito contato com o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), em busca de apoio.
Questionado pelos jornalistas se as notícias da compra do dossiê sobre tucanos por petistas teria o ajudado a passar para o segundo turno, Alckmin afirmou, inicialmente, que o fator fundamental para o resultado do primeiro turno foi "o voto dos brasileiros". Depois, considerou que as notícias de uma "seqüência de escândalos" teriam o beneficiado.
"Na realidade, não existem fatos isolados. Você teria uma seqüência de escândalos de corrupção no governo Lula, que não foram fatos isolados. É um conjunto de questões, empresas estatais envolvidas, Congresso Nacional, Ministérios. E não foram distantes do poder, foi a cúpula do partido do presidente, foram ministros do Lula, foi o palácio do planalto."
Alckmin disse ainda que o povo brasileiro deu ao presidente Lula uma "chance" elegendo-o em 2002. "Ele deixou passar essa chance, o Brasil poderia ter crescido mais e ter tido um governo melhor. Sob o ponto de vista ético poderia ter dado um exemplo para o Brasil. E infelizmente não foi isso que nós vimos."