O corpo do ex-presidente da República, Itamar Franco, deixou o Hospital Albert Einstein em direção ao Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, por volta das 7h30 da manhã deste domingo (3), e já está a caminho de Minas Gerais. Ele está sendo levado a Juiz de Fora (MG) pelo avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
Na cidade mineira, o corpo será velado na Câmara Municipal. Na segunda-feira, 4, será levado para o Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, onde também será velado. A cremação será feita em Contagem (MG), região metropolitana de BH, no fim da tarde desta segunda.
Baiano no registro civil, Itamar se tornou um dos mais destacados e comentados políticos mineiros das últimas décadas. Para o País, surgiu na eleição presidencial de 1989, como candidato a vice de Fernando Collor de Mello. Terminou por assumir a Presidência da República após o impeachment do ex-governador alagoano, com quem vivia às turras.
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Mesmo entre os mais críticos, Itamar costumava ser reconhecido pela retidão ética. Igual reconhecimento ele sempre cobrou em relação ao legado da estabilidade do País. Econômica, com o lançamento do Plano Real durante seu governo, e política, com a transição bem sucedida após o desastroso desfecho da gestão Collor.
Com seu indefectível topete, o ex-presidente também chamou muita atenção pelo estilo intempestivo, muitas vezes enigmático. Protagonizou situações embaraçosas e embates memoráveis. Se dizia nacionalista e abusava era das referências às "montanhas de Minas".