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Barbosa enfrenta falta de líder e 'abandono' de partidos

Guilherme Batista - Redação Bonde
09 mai 2012 às 18:20
- Devanir Parra/CML
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O prefeito Barbosa Neto (PDT) perdeu mais um líder na Câmara Municipal de Londrina. O vereador Jairo Tamura (PSB) deixou o cargo após ser pressionado e advertido pelo partido. As denúncias de corrupção envolvendo aliados do prefeito afastaram a legenda da atual administração. É o sexto partido que abandona a prefeitura em pouco mais de três anos.

PTB, PSC, PMN, PPS, que fizeram parte da coligação de Barbosa em 2008, já haviam deixado o Executivo. Nesta semana, antes de Tamura sair da liderança, Barbosa viu o PC do B dar 72 horas para que filiados se desliguem dos cargos que ocupam, atualmente, no Executivo.

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O chefe do Núcleo de Comunicação da prefeitura, José Otávio Ereno, a coordenadora da Casa dos Conselhos, Heloísa Botelho, e Jefferson Belasque, presidente da Ask - empresa de call center ligada à Sercomtel -, ainda não decidiram se vão deixar as funções. "Vamos nos reunir com integrantes do partido em Londrina e definir o que vai ser feito. Teremos a resposta para a Executiva Estadual na sexta-feira", garantiu Ereno.

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A medida tomada pelo PC do B também está relacionada aos escândalos ligados à atual administração. "Não queremos julgar o governo municipal, mas preferimos acompanhar as investigações de longe, para não correr o risco de interferir em algo ou tomar partido", explicou o presidente da legenda no Paraná, Chico Brasileiro.

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Sem líder


O 'abandono' de partidos reflete na Câmara Municipal de Londrina. O distanciamento das legendas deixa Barbosa com poucas opções para escolher o próximo representante no Legislativo. Até os vereadores da chamada situação descartam ocupar a liderança. "Acho que o líder precisa ser do partido do prefeito. Não tenho esta pretensão", disse o vereador Rodrigo Gouvêa (PTC). Roberto Fortini, também do Partido Trabalhista Cristão, faz coro às declarações quando questionado se poderia ser o novo líder de Barbosa no Legislativo. "Você tem que perguntar isso para o Sebastião ou para o Fu", afirmou, referindo-se aos parlamentares pedetistas.

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Os vereadores do PDT, Roberto Fu e Sebastião dos Metalúrgicos, que já representaram os interesses da prefeitura na Câmara, descartaram a ideia de voltar a ocupar o cargo. "Todos sabem que saí da liderança por não pensar como o prefeito quando o assunto é a Lei da Muralha", disse Fu. "Não tenho vontade, mas ainda temos que conversar", completou Sebastião.


A reportagem do Bonde tentou contato com o vereador José Roque Neto (PR), também da situação, mas ele não atendeu às ligações.

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'Desgaste contínuo'


Para o professor de Filosofia Política da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Elve Cenci, a 'demandada' dos partidos até então aliados e a falta de líderes na Câmara refletem o desgaste contínuo enfrentado pelo prefeito Barbosa Neto desde o início do seu governo, marcado, até agora, por escândalos e denúncias. "O prefeito optou por escolhas que o estão fazendo pagar um preço muito alto agora. Ele jogou para fora da administração todos os grandes aliados que teve e está colhendo os frutos", argumentou.


Na Câmara, segundo Cenci, Barbosa sempre fez questão de centralizar as escolhas e decisões. "Ele sempre deixou claro que quem mandava na prefeitura era ele e nunca fez a divisão do poder. Tirando o caso do vereador Rodrigo Gouvêa, que tem a mãe na atual administração, nenhum outro parlamentar pôde indicar pessoas para o governo. O prefeito tem, desde o início, uma relação de distanciamento com a base aliada e, por isso, paga o preço", ressaltou.

O fato de 2012 ser um ano eleitoral, no entendimento do professor, também prejudica o Executivo. "Quem está disposto a 'abraçar' um governo comandado por um prefeito rejeitado pela população em pleno ano eleitoral?", indagou.


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