O prefeito Homero Barbosa Neto (PDT) afirmou em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (7) que a licitação para contratar empresa que vai fazer a coleta do lixo em Londrina e outros serviços de limpeza "não vai ser, obviamente, do jeito que o Observatório de Gestão Pública quer e também não vai ser como o Ministério Público acha que deve ser".
O novo edital deve ser lançado nesta sexta-feira (8), disse o prefeito. A licitação anterior, cujo edital foi publicado em janeiro, foi cancelada por um questionamento do Ministério Público, afirmando que a concorrência deveria ser feita em lotes para permitir que mais empresas participassem. São sete serviços aglutinados num único edital ao custo total de R$ 115 milhões, com previsão contratual de cinco anos.
O Observatório de Gestão Pública e o Conselho Municipal do Ambiente também questionaram as regras do certame. A licitação foi suspensa em 15 de fevereiro e somente amanhã o novo edital deve ser publicado.
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Barbosa Neto adiantou que o novo edital deverá continuar prevendo o edital com um único lote, o que faria com que apenas uma empresa executasse praticamente todos os serviços de limpeza pública, incluindo a coleta, a varrição de ruas, lavagem do calçadão e das ruas onde são realizadas as feiras livres.
"Estamos embasados em decisões e consultas na legislação para que nós tenhamos aqui um serviço fantástico para a cidade", disse Barbosa. "Eu até defendi... Eu falei para o presidente da CMTU (André Nadai): "Por que que não coloca duas empresas?". Ele falou que isso vai ser mais caro para a prefeitura porque vão ser dois caminhões ou duas estruturas administrativas".
Barbosa disse ainda que apesar de o contrato ter um volume grande de recursos, "vai ser um processo transparente, muito claro". "Eu conversei com o presidente do Observatório Social, o dr. Waldormiro Carvalho Grade, o presidente da CMTU fez diversas reuniões com ele, aliás, foram feitas diversas audiências públicas também para chegar...", interrompeu-se Barbosa e acrescentando que "hoje a cidade está muito mais limpa do que estava na história de Londrina".
O prefeito também disse que a recusa em aceitar as sugestões dos órgãos que questionaram o edital não é uma atitude despótica. "É óbvio que nem sempre nós vamos atender as reivindicações porque senão não tem sentido eu estar aqui como prefeito. Nós temos que ouvir a sociedade, mas a decisão sempre será do Executivo e isso não é atitude despótica, mas é a estrutura legal da República".
Hoje o serviço de coleta de lixo está sendo executado pela MM Limpeza Urbana ao custo de R$ 2,8 milhões, através de um contrato emergencial de três meses que vence amanhã.