O ex-prefeito Antonio Belinati poderá ser julgado à revelia num processo onde é acusado de sonegar informações sobre a venda de 45% das ações da Sercomtel para a Copel, em maio de 1998. Ele deveria ter sido ouvido nesta quarta-feira (09/05) pela juíza da 5ª Vara Criminal de Londrina, Oneide Negrão, mas negou-se a comparecer e mandou uma carta, escrita de próprio punho, recorrendo ao direito constitucional de permanecer calado. A carta foi levada até o Fórum pela advogada Silvana Pedroso.
Antes de decidir faltar à audiência, a defesa do ex-prefeito ingressou com dois recursos para tentar cancelar o depoimento. A juíza indeferiu os pedidos e requisitou escolta e a presença da Tropa de Choque no Fórum, para garantir a segurança de Belinati. Apesar do aparato policial, ele não quis comparecer ao depoimento. Oneide Negrão preferiu não determinar a condução do ex-prefeito de forma coersiva para que não fosse acusada de arbitrariedade e abuso de autoridade - como sugeriu a defesa, num dos recursos, caso a juíza tomasse essa decisão.