O ex-deputado Cabo Daciolo (Brasil 35) desistiu nesta quinta-feira (16) da pré-candidatura à Presidência da República e declarou voto em Ciro Gomes (PDT).
O anúncio foi feito em live transmitida na página do político no Facebook.
"Irmãozão, no dia da eleição, em 2022, na contagem dos votos, se você tiver um voto lá, saiba que esse voto foi do Cabo Daciolo", disse Daciolo referindo-se ao ex-governador do Ceará.
Leia mais:
Sede da Câmara de Londrina será entregue dia 10 e vai receber posse, diz presidente
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
Bolsonaro é plano A, posso ser o plano B, diz Eduardo sobre eleição de 2026
Comissão de Constituição e Justiça aprova projeto que transforma Detran em autarquia
"Eu não sei porque estou fazendo isso. Eu sei que o Criador está mandando eu falar isso para você", completou.
No vídeo de 22 minutos, Daciolo justifica a saída da disputa presidencial pelo Brasil 35 (antigo PMB) pelo partido ser pequeno e não ter possibilidade de participar de debates.
"Deus está me tocando aqui e eu quero falar pra você que Cabo Daciolo não é mais pré-candidato à Presidência da República. Eu não sou mais pré-candidato à Presidência da República. Eu cheguei agora no aeroporto, vou correr pra anunciar agora pro partido, não sei qual porta vai ser aberta."
Daciolo ainda sinalizou pode ser "candidato a nada" nas próximas eleições, mas quer discutir suas opções com a sigla, levantando opções para o Senado e governo do Rio de Janeiro.
No Twitter, Ciro Gomes agradeceu ao Cabo Daciolo pelas "palavras carinhosas e o abraço fraterno de ontem". Os dois se encontraram na casa do pedetista, no Ceará, e Daciolo descreveu que Ciro Gomes estava "muito abalado" com a operação da PF (Polícia Federal).
Na quarta (15), a PF deflagrou operação contra o ex-governador do Ceará e seu irmão, Cid Gomes, para apurar envolvimento em um suposto esquema de fraude e pagamento de propina durante as obras entre 2010 e 2013 do estádio Castelão, em Fortaleza.
Ao UOL News, Ciro disse acreditar que a PF agiu por influência do presidente Jair Bolsonaro (PL). "É um processo bolsonarista de manipulação da Polícia Federal para tentar manchar o meu nome e lançar uma suspeita", alegou.