O indiciamento do prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL), no inquérito da Polícia Federal sobre a existência de um suposto caixa 2 na campanha de 2000, que o reelegeu, gerou uma discussão judicial. Novo despacho do juiz relator do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Jaime Stivelberg, na noite desta quarta-feira, reafirmando a liminar anterior e solicitando que o processo retornasse ao TRE, causou confusão.
Os autos, contendo as investigações, já estavam sob poder do Ministério Público. O promotor Valclir Natalino da Silva passou o dia defendendo a permanência dos documentos sob a sua alçada. O promotor, que não descarta a possibilidade de oferecer denúncia, quer continuar a investigar o caso. Já o despacho de Stivelberg tem como objetivo suspender o indiciamento do prefeito.
Valclir Silva disse que foi intimado da decisão do juiz do TRE às 16h25 desta quarta-feira, mas não devolveu os autos. Afirmou que a decisão de Stivelberg fere a autonomia do Ministério Público. O imbróglio só deve ser resolvido nesta sexta-feira, em reunião entre o promotor, a procuradora-geral de Justiça, Maria Teresa Uille Gomes, e o procurador eleitoral, João Gualberto Ramos.
Leia mais:
Gerson Guariente avalia que o Orçamento de 2025 será difícil de ser realizado por Tiago Amaral
Isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000 só ocorrerá com condições fiscais, dizem Lira e Pacheco
Código de Posturas será debatido em audiência pública na Câmara de Londrina
Kassio rejeita notícia-crime de Boulos contra Tarcísio no TSE por fala sobre PCC
A reunião, segundo o promotor, está marcada para as 10 horas da manhã. A assessoria de imprensa do MP informou que Maria Teresa não se manifestaria ontem sobre o caso.
Segundo a assessoria de imprensa do TRE, a Polícia Federal encaminhou nesta quinta-feira esclarecimento referente à impossibilidade de cumprimento de decisão em relação ao habeas corpus concedido a Cassio. O habeas corpus, concedido por Stivelberg determinando que Cassio não fosse indiciado, saiu no mesmo dia em que foi fechado o relatório do inquérito. A assessoria não revelou detalhes sobre o teor do documento, que foi entregue diretamente a Stivelberg.
A Polícia Federal investigou Cassio por denúncias de maquiagem nas contas da campanha de 2000, deixando de declarar até R$ 17 milhões à Justiça Eleitoral na prestação de contas da campanha. O inquérito foi presidido pelo delegado Hugo Corrêa Martins.
*Leia mais na edição desta sexta-feira da Folha de Londrina
Acompanhe esta notícia e outras relacionadas a este assunto no serviço WAP e SMS dos celulares da Global Telecom.