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Viés político

Câmara aprova Ministério da Micro e Pequena Empresa

Agência Estado
07 nov 2012 às 20:53

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A Câmara aprovou nesta quarta-feira a criação do 40º ministério do governo Dilma Rousseff: o da Micro e Pequena Empresa. A nova pasta deverá ser usada pela presidente Dilma para abrigar o PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, na reforma ministerial que deverá ocorrer no início do ano que vem. Um dos nomes cotados para assumir o cargo é o do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos.

"Ele (Afif) é uma pessoa que tem conhecimento enorme do tema ligado a micro e pequena empresa. Mas isso é algo que depende de uma definição mais ampla do partido. Não é algo que esteja carimbado para A, B ou C", afirmou o líder do PSD na Câmara, deputado Guilherme Campos (SP). Criado no ano passado, o PSD não integra formalmente a base de apoio do governo Dilma. Se a presidente oferecer um ministério de "primeira linha" para o PSD, o nome mais cotado é o do próprio Kassab.

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A criação do ministério foi aprovada por 300 votos a favor e 45 contra. Os partidos de oposição foram contra a proposta sob a alegação de que o Ministério da Indústria e Comércio já cuida do setor. "É o inchaço da máquina pública. Já temos 39 ministérios", reclamou o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG). "É um ministério para atender interesses políticos e partidários, e não aos interesses da micro e pequena empresa", afirmou o deputado Jutahy Magalhães Júnior (PSDB-BA).

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Pelo projeto aprovado nesta quarta-feira, que ainda precisa ser votado no Senado, o novo ministério contará com 68 cargos em comissão. A previsão de gastos da Pasta é de R$ 7,9 milhões por ano. Os recursos para arcar com as despesas da Pasta já estavam previstos no Orçamento de 2012.

Logo que assumiu o governo, em 2011, a presidente decidiu criar o ministério para abrir uma vaga no Senado para o então presidente do PT José Eduardo Dutra. A ideia era que a Pasta fosse ocupada pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), de quem Dutra é suplente. O arranjo político, no entanto, não vingou. Mais tarde, Dilma chegou a convidar Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, para a vaga. Mais uma vez a ideia não foi avante.


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