O Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná deverá publicar em, no máximo, sete dias a decisão dos desembargadores da 5ª Câmara Cívil que, por unanimidade, rejeitaram o pedido de embargo, feito pelo vereador de Ibiporã (14 km a leste de Londrina), João Toledo Coloniezi (PMDB), investigado em uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) por falsificação de assinatura.
''Estamos aguardando o resultado oficial para poder retornar aos trabalhos da CEI'', disse o presidente da Câmara de Ibiporã, Pedro Renato Resende Bandeira (PTB).
Enquanto isto, Colonieze continua participando das sessões semanais da Câmara.
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Nesta terça-feira o vereador disse à Folha que a denúncia de falsificação era infundada e que algumas pessoas tinham o objetivo fixo de tentar cassar seu mandato por ele ser adversário político.
A Comissão Especial de Inquérito foi votada e aprovada pelo Legislativo há quase dois anos, em 10 de dezembro de 2001, depois que o ex-presidente do diretório do PSB, Antônio Carlos Cobo Pires (PSB) e o ex-presidente do diretório do PTB, Jacinto Semprebom, entraram com pedido de cassação por falta de decoro parlamentar.
O peemedebista teria apresentado uma emenda a um projeto do Executivo e assinado em nome dele e do vereador Domingos Sanzovo (sem partido), que na época estava hospitalizado. Sanzovo disse que ''não tinha nada a declarar sobre o assunto''.
Os desembargadores rejeitaram o embargo pretendido por Colonieze à decisão anterior do TJ.
O vereador alegou que ''o acórdão anterior foi omisso, pois se limitou a afirmar que a questão atinente à falta de números nos autos do procedimento de cassação de mandato e de numeração nas folhas foi devidamente resolvida pelas autoridades impetradas''.
Para o TJ, não houve alegada omissão e nem tampouco houve ilegalidade no procedimento iniciado pela Câmara Municipal de Ibiporã.