O primeiro programa do segundo turno no horário eleitoral gratuito no rádio e na tevê foi civilizado. Apesar da pequena diferença de votos que obtiveram no primeito turno -268.665 votos-, Alvaro Dias (PDT) e Roberto Requião (PMDB) preferiram não se atacar. A avaliação é que o eleitor não quer saber mais de baixaria, a que marcou o primeiro turno. As coordenações de campanha levaram em conta a virada do petista Flávio Arns (PT), que se elegeu senador no lugar de Paulo Pimentel (PMDB) e Tony Garcia (PPB), que passaram a campanha toda trocando farpas.
Alvaro concentrou seu programa nas realizações de sua gestão anterior (1987-1990). Disse que o Estado precisa mudar, mas com ''equilíbrio, respeito e competência''. ''O Paraná não quer saber de rancor e ódio. O ódio nunca contrói, o ódio destrói'', emendou, o que pode ser interpretado como referência velada a Requião. A equipe de marqueteiros do pedetista escolheu cenas com fogos de artifício, comícios e carreatas. Foram levadas ao ar gravações com eleitores declarando voto ao candidato do PDT. Alvaro apareceu também abraçado a crianças. Teve destaque ainda a manifestação de apoio do jogador de futebol Pelé.
Já o PMDB apostou nos apoios que conseguiu. Boa parte do programa foi ocupada pelo PT e PPS, os novos aliados de Requião. Além do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aparaceram ao lado de Requião os petistas Padre Roque Zimmermann, o candidato derrotado ao governo; a deputada federal eleita Clair Martins; e o deputado estadual reeleito Angelo Vanhoni, entre outros. Um narrador destaca a afinidade entre Lula e Requião. ''Mais que aliados, amigos.'' O objetivo é angariar o maior número possível de votos entre os eleitores de Lula.
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Rubens Bueno, candidato derrotado do PPS, também manifestou seu apoio a Requião. O único momento em que o peemedebista criticou seus adversários, sem citar nomes, foi durante breve desabafo onde condenou a ''deslealdade'' dos que tentaram tirá-lo do sério. Requião agradeceu as orações e o apoio que recebeu.
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