O prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL), está se valendo da diplomacia para evitar que as suas diferenças com o governador Roberto Requião (PMDB) virem crise política. Cassio negou ontem pela manhã durante solenidade de posse dos nove novos secretários municipais que as mudanças implementadas em seu secretariado tenham objetivo de fortalecer o grupo político ligado ao ex-governador Jaime Lerner (PFL), seu aliado, e dar novo fôlego à sua administração num governo de oposição a Requião.
''A reforma não visa fortalecer um determinado grupo, mas sim consolidar o que esta administração se propôs a fazer, e que andava meio desarticulado nos últimos tempos'', declarou. O objetivo das mudanças, segundo o seu discurso, é formar uma ''equipe mais coesa, comprometida com os ideais assumidos pela atual administração, principalmente com ações que atingem as áreas mais carentes da sociedade''.
Cassio disse, ainda, que não acredita que a decisão de Requião de não dar continuidade a algumas obras de Lerner - como o Parque da Ciência, inaugurado em final de gestão, e a mudança da sede da Secretaria Estadual da Cultura para o NovoMuseu - possam estremecer as relações entre prefeitura e governo. ''Um governante tem direito a colocar suas prioridades e não é justo querer impor o que já existia. Minha expectativa é de respeito mútuo e cooperação sadia entre a prefeitura e os dois governos, estadual e federal'', disse.
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Sobre a moratória de 90 dias decretada por Requião, Cassio reagiu de forma diferente. Disse que a decisão pode acarretar em algum atraso de obras na capital. É o caso da construção da ponte na Avenida Salgado Filho, no Bairro Prado Velho, além de creches e escolas, que estão sendo construídas. ''Nós estamos continuando as construções e se houver atraso a própria comunidade deve cobrar'', afirmou.