O Ministério Público do Paraná, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Maringá, propôs denúncia criminal contra cinco vereadores e seis assessores parlamentares da Câmara Municipal da cidade. O GAECO afirma que todos estão envolvidos na prática de peculato, no caso, desvio e apropriação de dinheiro público.
Os servidores públicos são acusados de "bater ponto" no Legislativo, mas de efetivamente não trabalhar – uns mantinham empregos em outras áreas (um, por exemplo, era padeiro, outro fazia promoção de shows), alguns simplesmente registravam entrada na Câmara e depois seguiam para casa, voltando no final do dia para assinalar sua "saída".
O valor gasto pelos cofres públicos com os salários dessas pessoas que na prática não trabalhavam será calculado pela Promotoria de Justiça de Proteção do Patrimônio Público, que vai buscar a responsabilização dos envolvidos na área cível, por ato de improbidade administrativa.
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A ação penal é assinada pelos promotores de Justiça Laércio Januário de Almeida e Arisângela Cristina Vargas da Silva e vai tramitar na 1ª Vara Criminal de Maringá. As penas previstas chegam a 12 anos de prisão para cada delito apurado. O MP-PR também requereu a perda do cargo, função pública e mandato eletivo dos denunciados.