A falta de acordo para a votação do projeto do novo código florestal contaminou o clima na Câmara e impediu a votação da Lei Geral da Copa nesta terça-feira. Líderes da oposição e deputados da bancada ruralista só aceitam votar o projeto sobre os eventos futebolísticos se for marcada uma data para a apreciação do código florestal. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), vai tentar negociar até esta quarta-feira uma solução para o impasse.
No código florestal o grande problema é que o governo não aceita muitas alterações no projeto aprovado no ano passado no Senado enquanto deputados ruralistas querem mudanças, principalmente na parte que obriga quem desmatou antes de 2008 a recompor as áreas devastadas.
Os ruralistas decidiram vincular a votação desse projeto à Lei Geral da Copa para pressionar o governo a chegar a um acordo. Marco Maia deu 24 horas para que se avance na negociação sobre o calendário.
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O novo adiamento da votação da Lei Geral acontece mesmo depois de o governo ter fechado sua posição sobre o ponto mais polêmico do projeto, a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Será retomado o texto original que apenas retira a proibição presente no Estatuto do Torcedor e, assim, a Fifa terá de negociar com cada estado a liberação. Segundo o relator, Vicente Cândido (PT-SP), em sete das doze sedes há leis proibindo a venda.
O líder do PSDB, Bruno Araújo (PE), afirmou que a vinculação da Lei Geral ao código acontece porque parte até da própria base aliada não acredita na articulação política do governo. "Até na própria base já não se acredita mais em entregar a Lei Geral sem ter uma data para a votação do código". Segundo o tucano, Maia tem de marcar a data para a análise do outro projeto e ser o "avalista" do acordo. Assim, o PSDB não obstruiria a votação da Lei Geral.