O senador Amir Lando (PMDB-RO), relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, iniciou a leitura do relatório final das investigações sobre 90 parlamentares, sendo três senadores e 87 deputados. O relatório tem 973 páginas, mais os anexos, que ainda não foram distribuídos. As informações são da Agência Brasil.
A CPMI foi criada basicamente pelos partidos PPS, PV e PSOL, que pressionaram para a sua instalação com o objetivo de investigar o envolvimento de parlamentares com a compra superfaturada de ambulâncias e equipamentos para municípios com recursos da União, utilizando, principalmente, emendas parlamentares.
A investigações contra esses parlamentares e outras pessoas começaram em Mato Grosso pela Polícia Federal e foi batizada de Operação Sanguessuga. Com as descobertas da PF, o procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, pediu abertura de inquérito contra 15 parlamentares.
Leia mais:
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Sede da Câmara de Londrina será entregue dia 10 e vai receber posse, diz presidente
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
Bolsonaro é plano A, posso ser o plano B, diz Eduardo sobre eleição de 2026
Depois, novos inquéritos foram pedidos, contra mais 42 parlamentares. Com o depoimento do empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, sócio da Planam, empresa acusada de comandar o esquema das fraudes, foram incluídos mais 33 parlamentares nas investigações.
A primeira reunião da CPI ocorreu no dia 22 de junho, com o objetivo inicial de investigar os parlamentares. Segundo o presidente da CPI, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), concluída essa fase dos parlamentares, a CPI passará a investigar o envolvimento de outras pessoas e órgãos do governo.
Dos 90 parlamentares, o relatório final propõe às mesas da Câmara e do Senado a abertura de processos de cassação nos respectivos conselhos de ética de 72 parlamentares. Os outros 18 tiveram as investigações arquivadas.