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Votação apertada

Confira o voto de cada vereador na absolvição de Gouvêa

Marco Feltrin - Redação Bonde
04 mai 2010 às 08:10

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Após vitória Gouvêa fala à imprensa: "Justiça foi feita" - Cleber Rocha/CML
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A Câmara de Vereadores de Londrina aprovou o parecer final da Comissão Processante instaurada para investigar o vereador Rodrigo Gouvêa (sem partido), absolvendo o parlamentar de cassação. Ele era acusado de manter uma funcionária fantasma em seu gabinete.

Foram nove votos contra oito. Eram necessários dez votos para que o vereador fosse cassado. Paulo Arildo (PSDB) se absteve da votação. Rony Alves, como corregedor, não pode votar, e foi substituído pelo suplente Ademir Zacarias da Silva (PSC), que votou a favor de Gouvêa.

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Ao conhecer o resultado, Rodrigo Gouvêa foi até os advogados e abraçou várias pessoas, dizendo que "o bem havia vencido o mal" e que "a justiça estava feita". Após deixar o plenário, Gouvêa não quis mais falar com a imprensa. Durante a tarde, em seu Twitter, comemorou a absolvição. "Pedimos para sermos investigados, e agora provamos com a verdade que a justiça foi feita. Hoje, para mim, foi a materialização que Deus existe, pois vencemos uma batalha contra gigantes da politica londrinense. O bem venceu o mal".

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Guilherme Gonçalves, advogado do vereador, chegou a chorar por duas vezes enquanto fazia a defesa em plenário. Após a vitória na votação, voltou a tecer críticas em relação à atuação do Ministério Público no caso. "A prisão preventiva dele foi absurda. Não havia prova alguma de irregularidade", afirmou. Durante a defesa, Gonçalves acusou promotores de estarem "interessados em mídia".

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Ao final da defesa, o advogado pediu aos vereadores que não se curvassem a um "moralismo fácil": "vossas excelências serão as próximas vítimas". Questionado se o discurso não havia soado como ameaça aos vereadores, Gonçalves se defendeu. "Os vereadores votaram de acordo com a consciência. A Câmara deu uma resposta à sociedade. Como advogado, nunca tinha visto isso em lugar nenhum. Não pode acusar uma pessoa, destruir a reputação dela para depois ouvir o contraditório".


Bate-boca
O corregedor da Câmara, Rony Alves, discutiu com o advogado de Gouvêa após conceder entrevista coletiva em que classificou a atuação de Guilherme Gonçalves como "circense". O advogado rebateu dizendo que já havia defendido o próprio Rony Alves em uma reprovação de contas do TRE usando os mesmos artifícios. "Você está querendo dizer que meu choro não foi verdadeiro?", questionou.

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Julgamento
A sessão de julgamento estava marcada para começar às 8h. O primeiro atraso ocorreu por falta de quórum, já que era a necessária a presença de pelo menos dez vereadores para iniciar a sessão. Cerca de meia hora depois, o presidente da Câmara, José Roque Neto, foi informado de uma liminar que pedia a suspensão do julgamento.


A alegação seria de que vereadores que recebem acusações, como Sandra Graça, Tito Valle e Paulo Arildo estariam sob suspeita e não poderiam exercer o direito de voto. A liminar foi pedida pelo autônomo José Valdemor Landioso, por meio do advogado José Henrique Ferreira Gomes e deferida pelo juiz Abelar Baptista Pereira Filho às 22h31 de domingo (2). Após consultar a procuradoria jurídica da Câmara, o presidente decidiu pela participação dos três na votação.

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Durante duas horas, foram lidos todos os documentos envolvidos no processo, desde a denúncia, a defesa e o relatório da Comissão Processante. Logo após, foi dado direito a palavra a todos os vereadores por cinco minutos. Apenas Tito Valle se pronunciou como relator do processo. Ele defendeu Gouvêa, dizendo que todas as 12 testemunhas ouvidas disseram que a funcionária acusada de ser 'fantasma' comparecia à Câmara.


Por volta do meio-dia, o advogado fez a defesa de Rodrigo Gouvêa, que durou cerca de uma hora. "Menino de classe media, boa familia, ficou 22 dias preso, acusado de ser desonesto. Uma conduta absolutamente normal. O MP, na denúncia formal, não teve a coragem de dizer que o Rodrigo se apropriava de salários. Diziam que a intenção dele era ampliar a votação. Qual é o político que não quer isso? Em Londrina isso é crime", disse o advogado.

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Depois da defesa, os vereadores se encaminharam ao plenário para decidir sobre a cassação. Confira como foi a votação:


SIM: (Aprovado relatório e contra a cassação)

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Ademir Zacarias da Silva (PSC)
Jacks Dias (PT)
Jairo Tamura (PSB)
Joel Garcia (PDT)
Marcelo Belinati (PP)
Renato Lemes (PRB)
Roberto Fortini (PTC)
Sandra Graça (PP)
Tito Valle (PMDB)


NÃO: (Contra o relatório e à favor da cassação)
Eloir Valença (PT)
Gerson Araújo (PT)
Ivo de Bassi (PTN)
José Roque Neto (PTB)
Lenir de Assis (PT)
Roberto Fu (PDT)
Roberto Kanashiro (PSDB)
Sebastião dos Metalúrgicos (PDT)

Abstenção:
Paulo Arildo (PSDB)


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