Os empresários ponta-grossenses citados pela CPI Nacional do Narcotráfico por sonegação fiscal e movimentação financeira incompatível com rendimentos não quiseram falar com a imprensa a respeito do assunto. Mário Nami Filho disse apenas que está tomando as providências cabíveis. Lúcio e Tércio Miranda não estavam na cidade e não responderam aos recados. Da mesma forma, a empresária Sandra Mara Salum não deu retorno aos chamados da reportagem.
O único empresário a se manifestar foi Miguel Renato Rodrigues Mendes, sócio-gerente da Transavião Transporte Rodoviários e Cargas Ltda. Ele disse que ficou bastante surpreso ao ver seu nome na lista porque até agora, nunca tinha sido citado, nem pela CPI da Câmara, nem pela municipal, que também investigou o tráfico e o crime organizado na cidade.
"Moro em Ponta Grossa há 25 anos e tenho a minha empresa há dez anos. Até hoje, nunca me envolvi com nenhum problema desses", defende-se. Sua mulher, Eliane Biagini, também está na lista, mas preferiu não falar. "Já estou cansada desse assunto", mas deixou escapar que acredita que foi citada por alguma denúncia anônima e por ser sócia do seu marido.
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Miguel diz que a maioria dos seus oito caminhões ainda está alienada, seja para leasing, finame ou consórcios. Por mês, seu lucro varia entre R$ 10 e R$ 15 mil. "Tudo o que eu sei até agora é pela imprensa e por isso não tomei nenhuma atitude. Vou esperar ser citado para providenciar minha defesa", afirmou.