Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

CPI vai apurar grampos no governo

Luciana Pombo - Folha do Paraná
26 abr 2001 às 09:10

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O cabo Luiz Antonio Jordão e o soldado Afrânio de Sá - militares citados em inquérito como mandantes de grampos comerciais e de escutas clandestinas no Palácio Iguaçu - serão ouvidos amanhã, às 14 horas, na CPI da Telefonia, criada pela Assembléia Legislativa. A convocação para os depoimentos foi feita ontem, na primeira reunião da comissão, proposta inicialmente para apurar irregularidades na telefonia fixa e móvel do Estado. Os deputados aprovaram ainda, por unanimidade, as convocações do coronel Luis Antonio Borges Vieira (secretário-chefe da Casa Militar) e dos técnicos em telefonia Gilberto Maria Gonçalves (ex-funcionário do Palácio Iguaçu) e João Batista Cordeiro (instalador da empresa de telefonia GVT e preso em flagrante no início do mês fazendo grampo em uma distribuidora de petróleo).

A intenção dos deputados é apurar as denúncias levantadas pelo cabo Jordão, em entrevista exclusiva à Folha, de grampos telefônicos em diversos gabinetes de secretários de Estado e em campanhas eleitorais. Na entrevista, concedida no domingo passado, Jordão disse ter conhecimento de que Gonçalves tinha uma sala de telefonia no quarto andar do Palácio Iguaçu e que foi preso por diversas vezes dentro e fora de campanhas políticas. O motivo seria grampos telefônicos.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O próprio Gonçalves teria contado episódios envolvendo a campanha de reeleição do governador Jaime Lerner, quando teria sido montada uma operação "de guerra" para evitar que jornais apócrifos do PMDB fossem distribuídos no interior do Estado. "O grampo é crime e uma irregularidade no setor de telefonia. Temos denúncias de funcionários da Telepar Brasil Telecom envolvidos em grampos. É nossa obrigação investigar", destacou o deputado estadual Angelo Vanhoni (PT).

Leia mais:

Imagem de destaque
Polêmica

Câmara aprova castração química para condenados por pedofilia

Imagem de destaque
Estratégia inovadora

Um sucesso, diz médico de Lula sobre procedimento na cabeça para evitar novos sangramentos

Imagem de destaque
LOA 2025

Alep adiciona oito mil sugestões populares ao orçamento do Paraná

Imagem de destaque
Ligação da PR-445 à BR-369

Previsto no Lote 4, Contorno Leste deve ficar para depois de 2030


A CPI aprovou ainda por unanimidade um requerimento pedindo a segurança do cabo Jordão, do soldado Afrânio de Sá e do advogado criminalista Peter Amaro de Sousa 24 horas por dia. Jordão está fora do Paraná. O escritório do advogado foi alvejado com 12 tiros anteontem. Os deputados solicitaram ainda o envio dos inquéritos policiais do 3º Distrito Policial de Curitiba e do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) para municiar os parlamentares para a tomada de depoimentos.

Publicidade


O Ministério Público - a exemplo do que aconteceu na CPI Estadual do Narcotráfico - deverá acompanhar os trabalhos. Foi pedida ainda uma força-tarefa (composta por integrantes do Serviço Reservado da Polícia Militar - P-2) para auxiliar nas investigações. "Quero deixar claro que não estamos incriminando ninguém. Temos indícios, depoimentos graves e precisamos investigar", justifica o deputado Augustinho Zucchi (PSDB).


O presidente da CPI das Telecomunicações, Tony Garcia (PPB), garantiu que a comissão irá até o fim nas investigações dos grampos telefônicos. "Esta CPI não vai ser laranja, pode ter certeza. Não vou fazer o jogo de ninguém, nem do Palácio Iguaçu", prometeu.


Apesar de ter sido citado por diversas vezes na entrevista de Jordão, o secretário especial da Chefia de Gabinete do Governador, Gerson Guelmann, não foi convocado. O deputado estadual Algaci Tulio (PTB), relator da CPI, disse que ele será chamado para prestar esclarecimentos no momento certo. "Todos que foram citados serão convocados, inclusive o Guelmann. Não vamos perdoar ninguém", afirmou.

Ele lembrou ainda que poderão ser chamados os ex-secretários de Administração Maria Elisa Paciornik e da Fazenda Giovani Gionédis. "Eles poderão ser ouvidos em sessão secreta, caso prefiram. Mas é importante que sejam ouvidos", argumentou Tulio, ao lembrar que o caso dos grampos iniciou com uma briga entre os dois ex-secretários em 1999.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo