A executiva nacional do PT reúne-se neste final de semana em São Paulo, quando a cúpula do partido terá a oportunidade de avaliar a dimensão do estrago na relação com o PMDB, abalada na semana pelo governador do Paraná, Roberto Requião.
Mostrando descontentamento com o PT, Requião elegeu o presidente estadual do PT, André Vargas, e o senador Aloizio Mercadante, líder do governo Lula no Senado, como seus alvos. Requião acusou ambos de assumir posturas de direita.
O vazamento de um documento interno do PT estadual colocou ainda mais pimenta nas relações já estremecidas. Uma carta contendo críticas ao governo circulou entre os petistas na reunião do último final de semana sem, no entanto, receber apoio da maioria. A carta foi elaborada pela corrente Unidade na Luta - da qual fazem parte André Vargas e Angelo Vanhoni, líder do governo na Assembléia Legislativa.
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O documento - que acusa Requião de duplicidade, apoiando o governo Luiz Inácio Lula da Silva apenas nos bons momentos - foi visto com hostilidade pelo Palácio Iguaçu. Segundo a assessoria do governador, o que Requião tinha a comentar sobre o assunto ele já falou na quarta-feira. Para André Vargas, a polêmica com o governador está encerrada.
''Não é defeito eu ter uma posição mais moderada do que a dele'', declarou, referindo-se à sua postura quando o assunto é pedágio. Vargas defende um acordo com as concessionárias, enquanto Requião mantém o discurso da encampação. Segundo Vargas, a carta serve somente ''para orientar o debate interno''.