O debate entre Roberto Requião (PMDB) e Alvaro Dias (PDT) realizado ontem pela Rede Paranaense de Televisão não ajudou muito os eleitores indecisos a escolher o seu candidato. O encontro, mediado pela jornalista Sandra Annenberg, foi marcado por ataques pessoais. Alvaro e Requião usavam mais tempo para responder a acusações adversárias do que para expor propostas de governo.
Requião utilizou um deslize de português de Alvaro para ridicularizar o adversário. Alvaro empregou o termo "deferir" quando pretendia dizer "diferir" e foi prontamente corrigido pelo candidato do PMDB.
Em contrapartida, Alvaro recheou o debate com documentos com acusações a Requião. O detalhe é que os documentos eram proibidos pelas regras do programa - Alvaro foi diversas vezes censurado por Sandra Annenberg, mas insistia em mostrar os papéis. Alvaro ainda relembrou uma das maiores pedras do sapato do pemedebista, o caso "Texerinha", sem-terra morto na gestão de Requião.
Leia mais:
Indiciamento de Bolsonaro alavanca outras candidaturas de direita no Brasil
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Sede da Câmara de Londrina será entregue dia 10 e vai receber posse, diz presidente
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
Diversas vezes durante o debate a mediadora precisou pedir aos candidatos que se restringissem ao tema proposto e deixassem os ataques pessoas de lado. Alvaro Dias quase sempre esgotava o seu tempo limite para as respostas. Quanto às propostas de governo, os candidatos apresentaram posturas semelhantes em diversos quesitos.