O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje (16) que "um debate de cunho ideológico" está contaminando a discussão do projeto de lei que regulamenta a terceirização dos serviços. A sua expectativa é que a votação da matéria será concluída na próxima quarta-feira (22).
Ontem, a votação das emendas e destaques ao projeto foi suspensa e adiada para a semana que vem. O adiamento ocorreu para evitar obstruções durante a votação de propostas que não têm acordo entre os partidos.
"Na quarta-feira que vem vai ser votado sem dúvida nenhuma. É um projeto que está sendo debatido há 11 anos. Tem um debate de cunho ideológico que, de certa forma, contamina o processo. Isso é natural", disse Cunha após receber a Comenda da Ordem do Mérito Militar, em cerimônia no Quartel General do Exército, em Brasília.
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Segundo o parlamentar, os impasses com o governo sobre as questões ligadas a arrecadação "estão mais ou menos acertados" e há ambiente para finalizar a votação do projeto na próxima semana. Perguntado se há consenso sobre a proposta para garantir a aprovação, Eduardo Cunha disse que não é necessária a concordância absoluta na votação.
"Se a gente puder ter consenso, ótimo. Mas o voto resolve o dissenso. Não dá para achar que todas as matérias que vão ser votadas na Casa tenham que ser votadas por consenso. Se fosse assim não precisava ter o Parlamento. A gente tem que buscar combinar na medida do possível, e o voto resolve", destacou o presidente da Câmara.
Cunha também comentou a indicação do ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para assumir o comando do Ministério do Turismo, a partir de hoje. "É um orgulho para qualquer governo ter o Henrique como ministro". Alves será empossado pela presidenta Dilma Rousseff nesta quinta-feira, às 15h, no Palácio do Planalto.