O prefeito de Londrina Barbosa Neto (PDT) prestou depoimento ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) na tarde desta quarta-feira (2). Durante quase duas horas, ele foi ouvido em seu gabinete pelo delegado Alan Flore e pelo promotor Jorge Barreto. Barbosa falou na condição de testemunha no caso que investiga o pagamento de propina ao vereador Amauri Cardoso (PSDB).
Na saída, Alan Flore disse que a conversa com Barbosa Neto foi bastante produtiva. Sem revelar o teor dos questionamentos, o delegado do Gaeco apenas adiantou que a oitiva com o prefeito foi fundamental para esclarecer pontos da investigação.
"O depoimento do prefeito era de fundamental importância, mas não podemos fazer qualquer comentário a respeito do teor da conversa, porque a investigação ainda está em curso. Mas foi muito importante a versão que o prefeito apresentou para esclarecer detalhes da nossa investigação. Ele se colocou à disposição para apresentar as suas respostas diante dos questionamentos que foram feitos e acreditamos que foi bastante produtiva a oitiva realizada".
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Perguntado sobre se o nome de Barbosa havia aparecido durante outros depoimentos, Alan Flore confirmou, mas explicou que em nenhuma das conversas Barbosa foi citado como suspeito.
"O nome do prefeito não foi citado como suspeito, isso não ocorreu de forma alguma. Até por que se houvesse qualquer indicativo nesse sentido a investigação seria encaminhada ao Tribunal de Justiça, que é a autoridade competente porque o prefeito tem foro privilegiado".
O delegado do Gaeco respondeu sobre a reclamação da defesa dos investigados que não tiveram acesso a documentos do processo para orientar os clientes. Flore esclareceu que algumas são provas são revestidas de sigilo legal.
"As provas que já estão produzidas no inquérito policial são franqueadas à defesa - aos investigados e seus advogados. Ocorre que algumas provas são revestidas de sigilo legal e essas provas, após serem produzidas, são documentadas e enviadas à autoridade judiciária que autorizou. Somente neste momento é que o juiz de direito pode autorizar que os advogados tenham acesso".
O prazo para conclusão do inquérito que investiga o pagamento de propina ao vereador Amauri Cardoso encerra nesta quinta-feira (3). A partir daí, o Ministério Púlbico deve enviar o processo à Justiça. Alan Flore disse que somente após a conclusão será possível fazer uma análise do que foi levantado. Ele admitiu também um possível desdobramento da investigação.
"É possivel o desmembramento do inquérito policial para dar continuidade a investigação dando atenção a outros fatos".