O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) protocolou na Procuradoria Geral da República (PGR) uma representação sugerindo a cassação do registro partidário do PT. O parlamentar pede a instauração de investigação do vínculo do Partido dos Trabalhadores com entidade estrangeira, "manutenção de organização paramilitar" e suposto recebimento de recursos de origem estrangeira.
Aleluia questiona a relação do PT com o Foro de São Paulo, organização criada em 1990 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo Partido Comunista Cubano, que congrega partidos e movimentos sociais da esquerda latino-americana. "Não faltam fatos que evidenciam essas ilegalidades praticadas pelo PT, um partido que, no poder, tem subordinado os interesses nacionais às orientações dessa entidade que congrega ditaduras latino-americanas", diz o deputado em nota. Se for constatada afronta ao artigo 28 da lei 9.096/95, o deputado pede que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) casse o registro da sigla.
Em nota divulgada pela bancada do DEM, Aleluia diz que os pronunciamentos do ex-presidente Lula demonstram "submissão aos interesses do organismo multinacional", criado por Fidel Castro e o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez. "É indiscutível a existência do Foro de São Paulo, organização da esquerda latino-americana que conta com a presença dos governos de Cuba e da Venezuela. Estão evidenciados, em atas e resoluções de encontros da organização, assim como em declarações de Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chaves, a sua atuação e os objetivos que a movem", afirma o deputado na representação.
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O parlamentar considera que ao convocar o "exército de Stédile", o ex-presidente Lula deixou evidente a "manutenção de organização paramilitar no Brasil". Em fevereiro, durante ato no Rio de Janeiro em defesa da Petrobras, Lula pediu que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e seu líder, João Pedro Stédile, se mobilizassem em prol do governo.
Aleluia aponta que o recebimento de recursos estrangeiros para financiamento de campanha do PT foi denunciado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. Segundo o delator das investigações sobre o esquema de corrupção na estatal, a empresa holandesa SBM Offshore fez doação à campanha presidencial petista em 2010.