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Por lentidão nas obras

Deputado londrinense procura MP para obter cronograma de duplicação da Rodovia do Café

Redação Bonde com assessoria de imprensa
29 abr 2014 às 14:21

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O deputado estadual de Londrina, Tercilio Turini (PPS), quer que a concessionária CCR RodoNorte apresente imediatamente o cronograma de obras da duplicação da BR 376, a Rodovia do Café, no trajeto de 240 quilômetros entre Ponta Grossa (Campos Gerais) e Apucarana (Norte do Paraná). Ele está encaminhando ofícios ao Ministério Público Federal e Estadual, ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e à Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar), para solicitarem à empresa documentos sobre a execução de toda a obra.

A motivação de Turini é a lentidão dos trabalhos da concessionária na duplicação da BR 376. "A obra foi anunciada em março do ano passado, com muita festa. Começou somente em janeiro deste ano, com previsão de duplicar apenas 11 quilômetros na primeira etapa, num prazo de 15 meses. Até agora nem a demarcação do trecho foi concluída. Se para esse pequeno percurso estão programando todo esse tempo, quanto vai durar então os demais 230 quilômetros. O contrato termina em 2021, será que chegam na metade?", questiona.

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O deputado ressalta que a obra é uma obrigação da concessionária desde que o contrato do pedágio foi assinado, em 1996. "Já se passaram mais de 15 anos, a CCR RodoNorte só agora inicia a duplicação e de forma tímida e vagarosa. E os bilhões de reais arrecadados da população do Paraná com as tarifas mais caras do Brasil. O problema parece não ser falta de dinheiro, mas sim de respeito, de vergonha na cara", afirma.

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Tercilio Turini lembra que a exploração do pedágio é uma concessão do Estado à iniciativa privada e, por isso, as empresas devem prestar contas à população. "Os paranaenses precisam conhecer o cronograma da obra para acompanhar sua execução e cobrar a concessionária. Todos temos o direito de conhecer as informações", afirma. O deputado pretende em breve solicitar às outras concessionárias os cronogramas das demais obras previstas nos contratos.

Turini enfatiza que o Paraná não pode mais conviver com o sentimento de desconfiança em relação às concessionárias. "A tarifa de pedágio é cara, a população desconhece o faturamento real das empresas, os contratos são misteriosos, de longo prazo e altamente vantajosos para as concessionárias e, o pior de tudo, as duplicações e outras obras previstas nos contratos não saem do papel. Os paranaenses não podem mais aceitar tanta enrolação", declara.


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