Os deputados da oposição protocolaram, na tarde desta quarta-feira (11), um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) contra o chamado 'tratoraço', manobra a ser utilizada pelos parlamentares da situação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para agilizar a discussão e a votação do 'pacotaço' do Governo do Estado. Os deputados da base governista pretendem aprovar o 'tratoraço' em sessão extraordinária marcada para esta quinta-feira (12), com o objetivo de formar uma comissão geral que irá discutir o pacote de medidas do governo. O conjunto de propostas, alvo de críticas duras por parte do funcionalismo estadual, prevê cortes em gratificações dos servidores e mudanças na previdência. O 'pacotaço' também gerou a greve de professores, profissionais da Saúde, agentes penitenciários e funcionários de universidades no Paraná.
"Estamos ajuizando o nosso mandado de segurança contra a comissão geral nas votações aqui na sede do TJ, da rua Mauá. Os governistas acabaram agora a sessão fechada, onde apresentaram novamente o requerimento de comissão geral, que deverá ser votado amanhã, quinta-feira. Esperamos obter liminar contra esse mecanismo antidemocrático de votações", comunicou o deputado Tadeu Veneri (PT) em seu perfil do Facebook.
A oposição argumenta que a utilização da comissão geral é inconstitucional e que os deputados governistas não têm embasamento legal para fazer votações fora da plenária da Alep, que está ocupada por centenas de servidores estaduais desde a tarde de terça-feira (10).
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Integram a base de oposição os deputados Anibelli Netto, Maurício Requião Filho e Nereu Moura, do PMDB; Nelson Luersen (PDT); e Péricles de Mello, Professor Lemos e Tadeu Veneri, do PT.