Ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff disse hoje ter concluído o tratamento para curar um câncer no sistema linfático. De acordo com Dilma, do ponto de vista médico, ela está curada. A declaração foi dada hoje à Rádio Gaúcha, em entrevista sobre as iniciativas do governo acerca da exploração do petróleo do pré-sal. Antes de iniciar a conversa, o entrevistador perguntou sobre a saúde da ministra, que disse estar "muito boa".
"Eu conclui o tratamento de radio (radioterapia), na semana que vem faço alguns exames e (em seguida) acho que vou dar um anúncio, que eu vou antecipar aqui, que do ponto de vista dos médicos eu estou curada. Acredito que será esse (anúncio), que eu estou com a certeza, a esperança e a torcida", disse a ministra.
A radioterapia era parte do tratamento contra as consequências de um linfoma, câncer no sistema linfático, detectado em abril na forma de um nódulo na axila esquerda da ministra. O tumor de 2,5 centímetros foi retirado em cirurgia de 45 minutos no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, poucas semanas após ser descoberto. O linfoma foi detectado quando a ministra se submeteu a check-up das condições de saúde no próprio hospital.
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Dilma realizou o tratamento por quatro meses, submetendo-se a exames periódicos de suas condições de saúde. Em maio, ela chegou a ser internada no Sírio-Libanês com fortes dores nas pernas. Na ocasião, foi diagnosticado que a ministra teve uma miopatia - inflamação muscular provocada pelas fortes doses de cortisona que tomou em consequência do tratamento contra o câncer.
Quando recebeu a informação de que tinha a doença, Dilma disse que encarava a enfermidade como "um desafio". "Ninguém gosta de saber que está com doença. Mas recebo com tranquilidade, porque tive a sorte do diagnóstico precoce", disse a ministra, à época.