A presidenta Dilma Rousseff lamentou hoje (5) a morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Para ela, a perda do presidente venezuelano deixará um vazio no coração, na história e nas lutas da América Latina.
"Hoje, lamentavelmente, infelizmente e com tristeza, eu digo para vocês que morreu um grande latino-americano, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Essa morte deve encher de tristeza todos os latino-americanos, os centro-americanos", disse a presidenta, antes de discursar no 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais.
Dilma cancelou a viagem que faria quinta-feira (7) à Argentina e deve comparecer ao velório de Chávez. O governo venezuelano ainda não divulgou informações sobre as últimas homenagens e o sepultamento.
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A presidenta elogiou a liderança de Chávez na Venezuela e seu comprometimento com o desenvolvimento não só de seu país, mas da América Latina. Dilma ressaltou que, apesar de não concordar integralmente com as posições políticas de Chávez, o governo brasileiro reconhece a importância do venezuelano para o continente. "Em muitas ocasiões, o governo brasileiro não concordou integralmente com ele. Porém, hoje, como sempre, reconhecemos nele uma grande liderança, uma perda irreparável e sobretudo um amigo do Brasil, um amigo do povo brasileiro."
Ela disse que lamenta a morte de Chávez como presidenta e como "pessoa que tinha por ele um grande carinho" e elogiou a generosidade do presidente. "Além de liderança expressiva, o presidenta foi um homem generoso com todos aqueles que neste continente precisaram dele". Após as palavras, a presidenta pediu um minuto de silêncio em homenagem a Chávez. O minuto de silêncio foi seguido de uma salva de palmas.
Chávez morreu hoje em Caracas, aos 58 anos, vítima de complicações de um câncer na região pélvica. Em dezembro do ano passado, ele foi submetido a uma cirurgia em Havana. Suas últimas imagens, em fotos ao lado das filhas no hospital, foram divulgadas há duas semanas.
O anúncio da morte de Chávez foi feito pelo vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em pronunciamento em rede de rádio e televisão. Em outubro do ano passado, Chávez foi eleito para o quarto mandato consecutivo. Ele ficaria no poder até 2019.