O diretor-geral do Google Brasil, Fabio Coelho, preso na última quarta-feira (26) pela Polícia Federal em São Paulo, divulgou nesta quinta-feira (27) uma nota na qual defende a liberdade de expressão e diz que, diante da decisão da Justiça Eleitoral, a empresa não terá outra escolha senão bloquear os vídeos no YouTube - site de conteúdo audiovisual do grupo - que foram considerados ofensivos contra o candidato do PP à Prefeitura de Campo Grande (MS), Alcides Bernal.
"Estamos profundamente desapontados por não termos tido a oportunidade de debater plenamente na Justiça Eleitoral nossos argumentos de que tais vídeos eram manifestações legítimas da liberdade de expressão e deveriam continuar disponíveis no Brasil", diz o texto.
Segundo a nota, é normal a empresa receber, durante o período eleitoral, diversas ordens judiciais para remoção de vídeos que criticam candidatos que concorrem a cargos eletivos e que a postura do Google é revisar essas ordens e recorrer nos casos que julga estar incorretos.
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Citando o Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, que afirma que "todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão", o texto diz que o Google continuará sua "campanha global pela liberdade de expressão". E justifica: "Não apenas porque essa é uma premissa das sociedades livres, mas também porque mais informação geralmente significa mais escolhas, mais poder, melhores oportunidades econômicas e mais liberdade para as pessoas".
Especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Pauloadvertem que, embora o debate em prol da liberdade de expressão seja importante, o mais adequado é cumprir a decisão para depois contestá-la no próprio âmbito do Judiciário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo