O vereador Eloir Valença (PHS) concedeu entrevista coletiva na manhã deste sábado (5) para se defender das acusações do Ministério Público. Ele foi preso na última terça-feira (1), para não atrapalhar as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no caso da tentativa de suborno ao vereador Amauri Cardoso (PSDB), para compra de voto contrário à abertura da Comissão Processante (CP) da Centronic.
O caso resultou na prisão em flagrante pelo Gaeco do empresário Ludovico Bonato e do ex-secretário municipal Marco Cito. O chefe de gabinete do prefeito Barbosa Neto, Rogério Ortega, o diretor de Participações da Sercomtel, Alysson Carvalho, e o próprio vereador foram presos no decorrer das investigações.
Na quinta (3), Valença foi indiciado por formação de quadrilha e corrupção passiva. Segundo inquérito do Gaeco, o vereador aceitou apoiar o prefeito Barbosa Neto na Câmara em troca de ajuda financeira na campanha eleitoral. Após decisão judicial, Valença deixou a prisão por volta das 18h30 desta sexta-feira (4).
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Durante a entrevista, o vereador declarou que vai recorrer da decisão do juiz Luiz Eduardo Asperti Nardi, da 3ª Vara Criminal, que determinou seu afastamento do cargo de vereador da Câmara Municipal de Londrina. Os advogados de Valença devem entrar com recurso já nesta segunda-feira (7). "É claro que vou recorrer. Não fui ouvido e não pude me defender. Esta determinação foi baseada em motivos frágeis e não contundentes. Quero saber qual o motivo real desse afastamento", declarou.
Ele também alegou inocência das acusações do Gaeco e prometeu interpelar judicialmente o vereador Amauri Cardoso, que fez a denúncia do suposto esquema de corrupção, para que revele quem foram os vereadores que receberam propina. Valença disse que vai interpelar judicialmente também o empresário Ludovico Bonato e o ex-secretário municipal Marco Cito. "Sou inocente. Não recebi nada, não receberei e tenho raiva de quem recebe", disse enfático.