O novo secretário de Cultura, Lazer e Entretenimento de Londrina, o comunicador e empresário Marcos Castri, o Marcão Kareca, chegou para sua entrevista nesta sexta-feira (17), na Folha de Londrina, acompanhado dos servidores Marcos Parisotto, Solange Cristina Batigliana e Wagner Watanabe, que têm deixado Castri a par da situação da pasta.
O secretário ressaltou várias vezes durante a entrevista que é um gestor e que buscará o conselho e a ajuda de pessoas do setor cultural para conduzir as políticas da área.
O primeiro desafio é justamente a dificuldade orçamentária. Castri diz que são necessários R$ 50 milhões, sendo que, hoje, a pasta possui R$ 17 milhões - e R$ 5,3 milhões pertencem ao Promic (Programa Municipal de Incentivo à Cultura), responsável por tirar do papel inúmeros projetos culturais todos os anos. Há também a falta de mão de obra - são cerca de 50 servidores e o cenário ideal seriam pelo menos 80.
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Castri avalia que a pasta andava bem até a pandemia da Covid-19, que eclodiu em 2020. “O mundo parou na Covid-19, todas as verbas envolvidas foram para a saúde - e tinham que ir para a saúde. Só que depois de alguns anos se normalizou e a Secretaria de Cultura foi esquecida. Está na hora de a gente fazer o planejamento este ano para que, em 2026, tenhamos um orçamento planejado e maior”, projeta o secretário, que fala em reviver o “calendário maravilhoso” de eventos que a cidade já teve.
Um dos caminhos para retomar essas ações são as leis de incentivo à cultura - como a Aldir Blanc e Paulo Gustavo -, parcerias público-privadas e a possível remissão fiscal de empresas. São medidas que podem aumentar a fatia do setor para o próximo ano. Para reforçar a equipe de servidores, uma saída são as contratações temporárias e possíveis remanejamentos.
A condução será baseada no diálogo com os servidores e observando a pasta como uma empresa - outra afirmação frequente durante a entrevista. "Se a empresa está legal, vai bem. Eles precisam ser valorizados como servidores", adiantando que vai reunir os produtores culturais e os conselhos da cidade. "Preciso ouvir muito."
O titular da pasta, contudo, ressalta que é necessário levar “cultura para todos”. “Será que o distrito tem? Será que o bairro tem? Será que todas as vilas são contempladas? Ou, infelizmente, o orçamento é tão pequeno que aquele produtor cultural não consegue entregar para a sociedade aquilo que a sociedade gostaria de ver?”, questiona.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA:
