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Esquema de corrupção

Empresário deve ser alvo de novas investigações em Londrina

Loriane Comeli - Folha de Londrina
28 abr 2015 às 08:04

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- Gustavo Carneiro/Equipe Folha
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) quer aprofundar as investigações sobre o empresário Paulo Roberto Midauar, acusado de participação em duas organizações criminosas: a que atuaria na Receita Estadual de Londrina, operada por auditores fiscais; e a liderada por Luiz Abi Antoun, parente do governador Beto Richa (PSDB), que fraudou a contratação da oficina mecânica de Abi, a Providence, para prestar serviços ao Estado, conforme aponta o Gaeco.

Na denúncia envolvendo os fiscais da Receita, o Ministério Público (MP) pede, na chamada cota ministerial, que a 3ª Vara Criminal encaminhe à Justiça do Trabalho de Londrina cópia da denúncia para informar que o Midauar é, de fato, o dono da Big Petro Distribuidora de Petróleo. O empresário está preso desde o mês passado.

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Os promotores justificam o pedido afirmando que ele responderia a pelo menos cinco ações trabalhistas nas quais alegaria não ter patrimônio para arcar com as condenações. Essa situação pode configurar fraude à execução trabalhista. A Big Petro foi fundada no final de 2011 em nome de "laranjas", tais como Stefan Ruthsching e Ednardo Paduan, também presos preventivamente.

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O MP também quer aprofundar as investigações acerca do real patrimônio de Midauar que, além da distribuidora, também seria dono de outras empresas, incluindo postos de combustível "que teriam seus familiares e outros 'laranjas' como proprietários". O objetivo é "esclarecer na integralidade o patrimônio oculto de aludida pessoas e seus asseclas, identificando lavagem de dinheiro e outros delitos". Para isso, os promotores pedem que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) seja acionada.

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Sonegação


No esquema dos auditores fiscais, Midauar – que teria íntima relação com Márcio Albuquerque de Lima, ex-chefe da Delegacia da Receita de Londrina, apontado como líder da organização que atuava no órgão, segundo o Gaeco – teria pago propina a auditores fiscais a partir de 2011 para que "deixassem de lançar os tributos devidos" pela distribuidora do empresário.


Na mesma denúncia, consta o pagamento de propina de R$ 16 mil a policiais rodoviários que apreenderam um caminhão que transportava combustível da Big Petro possivelmente adulterado e sem o recolhimento devido de ICMS. O fato ocorreu no final do ano passado e o MP pede que os policiais que receberam a vantagem indevida também sejam investigados.

O advogado de Midauar, Maurício Carneiro, não foi localizado ontem.


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