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De Vargas e irmão

Empresas de fachada recebiam 10% do valor de contratos de publicidade

Redação Bonde com Agência Estado
10 abr 2015 às 11:31

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- Renato Araújo/ Câmara dos Deputados
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A Operação Lava Jato investiga fraudes em contratos publicitários do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal. "Há indícios de fraudes além da Petrobras", afirmou o delegado da Polícia Federal Márcio Anselmo, coordenador da investigação, durante entrevista coletiva na sede da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, sobre a 11ª fase da Operação deflagrada nesta sexta-feira, chamada de "A Origem".

Esta fase da operação investiga fraudes já conhecidas que envolvem repasses de valores de contratos de publicidade nos dois órgãos federais a empresas ligadas a agentes políticos.

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Segundo a força-tarefa, as agências de publicidade contratadas ou licitadas faziam subcontratações para prestadores de serviços. Estes, por sua vez, subcontratavam empresas de fachada, cujos cujos sócios são o ex-deputado e o irmão dele, Leon Vargas, presos nesta manhã. Os desvios representam 10% do valor contratado. "Essa relação configura lavagem de dinheiro", definiu o procurador do Ministério Público, Carlos Fernandes Santos Lima.

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Segundo as autoridades, no entanto, ainda é cedo para afirmar a relação de contratos da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde com as fraudes investigadas na Petrobras.

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Os contratos investigados são do período entre 2010 e 2014 e alguns ainda estão vigentes. Durante a coletiva, os policiais informaram ainda que há uma série de outros fatos irregulares, além desses contratos. Eles citaram tráfico de influência para contrato de fornecimento de medicamentos do laboratório Labogen ao Ministério da Saúde.


Entre as irregularidades identificadas nas investigações, foram identificados ainda pagamentos ao ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) e a pessoas relacionadas a ele. O ex-parlamentar foi condenado no processo do mensalão e está cumprindo pena em um presídio em Pernambuco.

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Operação


Cerca de 80 policiais federais cumprem 32 mandados judiciais, sendo 7 de prisão preventiva, 4 de prisão temporária, 9 de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão, sendo que dois ainda estavam em andamento, nos Estados do Paraná, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

O objetivo é apurar fatos criminosos atribuídos a três grupos de ex-agentes políticos, abrangendo organização criminosa, formação quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude a procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência.


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