As entidades Pró-Criação do Movimento Nacional Pela Moralização Pública realizaram na manhã deste sábado, no Calçadão de Londrina, uma manifestação contra o projeto de lei aprovado em regime de urgência no Senado, que concede a ex-agentes políticos o direito a responder ações por ato de improbidade administrativa somente nos Tribunais de Justiça (TJs), Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF), a exemplo do que acontece hoje com autoridades no exercício da função ou mandato nas denúncias criminais.
''Assim que o projeto for sancionado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), vamos começar a colher assinaturas, a partir de fevereiro, para um projeto de iniciativa popular contra a lei'', disse o presidente da Organização Não-governamental (ONG), Pés Vermelhos! Mãos Limpas!, Claudemir Molina. ''Precisamos de um milhão de assinaturas e vamos mobilizar as 30 entidades de Londrina envolvidas e as 14 nacionais que já aderiram a mobilização nacional'', complementou.
Entre as centenas de pessoas que passaram pelo Calçadão, alguns demonstraram indignação com o projeto aprovado. ''Achei isso um absurdo, mais ainda depois que vi a entrevista do Fernando Henrique dizendo que não era bem aquilo, que a lei servia para garantir a liberdade política. Do que adianta a Lei de Responsabilidade Fiscal então? Agora as coisas vão se arrastar por mais de 30 anos e a população nunca vai saber de nada'', disse o estudante Aislam Ribeiro Greca.
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A advogada Denise Canova disse estar acompanhando pelo jornais a tramitação do projeto: ''Acho isso ridículo porque vai favorecer o Fernando Henrique nos 142 processos que tramitam contra ele. Agora ele vai ser julgado pelos ministros que ele mesmo nomeou. Os ministros não tem coragem de se declararem suspeitos.''