O Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) publicou no Jornal Oficial do Município desta quarta-feira (11) a exoneração de servidores públicos de cargos que, até então, eram ocupados por eles no referido órgão municipal. Dois se viram envolvidos, na última semana, no suposto esquema de cobrança de propina descoberto na Codel para facilitar a aprovação da doação de terrenos públicos para pelo menos quatro empresas.
Eduardo Reale, preso temporariamente e apontado como o chefe do esquema, foi exonerado da gerência de Desenvolvimento Industrial do instituto. Já José Hilário, que teve o nome citado por empresários que confirmaram o pagamento da propina, foi demitido do cargo de coordenador de Fiscalização e Análise de Projetos da Codel.
Também na edição desta quarta do Jornal Oficial, o presidente da Codel, Bruno Veronesi, determinou a instauração de uma sindicância administrativa disciplinar, "para apurar supostas irregularidades praticadas" pelos servidores suspeitos.
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Presidirá a Comissão Sindicante a servidora Tânia Mara Rodrigues. A funcionária Marli Aparecida Lepre será a secretária e o servidor Júlio César dos Santos Zanoni terá a função de segundo secretário. "Para cumprir as suas atribuições, a Comissão terá acesso a toda a documentação necessária à elucidação dos fatos, bem como deverá colher quaisquer depoimentos e demais provas que entender pertinentes", escreve Veronese na portaria de criação da comissão.
A comissão vai ter 60 dias para apurar o caso. Os trabalhos vão poder ser prorrogados por 30 dias se necessário. Os servidores poderão ser advertidos e até demitidos do funcionalismo municipal.
Esclarecimento:
Conforme já havia sido informado na reportagem, o servidor Paulo Roberto Munhoz não teve o nome envolvido no escândalo de corrupção da Codel. A exoneração da coordenadoria de logística e eventos foi publicada no diário do município porque ele havia sido cedido pela secretaria de Gestão Pública, órgão para o qual retorna após a publicação.