O médico Raul Cutait, da equipe que trata do vice-presidente da República, José Alencar, informou no fim desta manhã que o estado de saúde dele é "razoavelmente estável" e que está aguardando a evolução do quadro nos próximos dias para decidir se libera ou não o vice-presidente para participar da cerimônia de posse da presidente eleita Dilma Rousseff (PT), no dia 1º de janeiro, em Brasília.
"No geral, ele está razoavelmente bem. Estamos aguardando a evolução para ver se ele para mesmo de sangrar, pois dá a impressão de que pode estar sangrando um pouquinho", disse Cutait, médico do Hospital Sírio-Libanês, na capital, onde Alencar está internado desde quarta-feira.
Cutait afirmou também que Alencar está acompanhado da família, mas não revelou se o vice-presidente está liberado para comer a ceia tradicional de Natal. "(Está liberado) o que dá para alguém comer nesta fase". Questionado sobre a possibilidade do vice-presidente comemorar o Natal com vinho, o médico brincou: "Ele vai querer beber a cachaça que ele faz, aí é outra história."
Leia mais:
CCJ da Câmara dos Deputados aprova impressão e recontagem de votos
CCJ aprova projeto que restringe uso de celular em escolas
Entenda como funciona a fraude de transferência em massa de títulos de eleitor entre cidades
Lei de IA é aprovada no Senado com previsão de remuneração de direitos autorais
De acordo com o médico, está descartada a possibilidade de uma nova cirurgia no vice-presidente, porque existem outras alternativas de tratamento. "Ainda estamos discutindo entre nós (equipe médica)", comentou.
Quércia
Cutait, que também foi o médico responsável pela equipe que acompanhou o ex-governador Orestes Quércia no Sírio-Libanês, disse que a doença que vitimou o presidente do PMDB paulista foi "uma manifestação rara e agressiva" de câncer. Ele revelou que Quércia foi perdendo a consciência nos últimos dias. "Ele foi tendo gradativamente insuficiência múltipla dos órgãos". Quércia morreu às 7h40 da manhã de hoje, vítima de um tumor na próstata.