O candidato do PT a presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, disse na última terça-feira, em Caruaru, que não pretende fazer nenhuma alteração na estratégia de sua campanha, para garantir a vitória no primeiro turno. A última pesquisa da Datafolha, em que o petista atinge a casa dos 40%, levou a militância a ensaiar um discurso em defesa do voto útil.
Mas Lula preferiu a cautela. ''Em time que se ganha, não se mexe'', afirmou, adiantando que continuará mantendo o debate em alto nível, discutindo os problemas do País e o seu programa de Governo. ''Eu prometi nessa campanha não falar mal de ninguém. Uma campanha não é feita apenas para pedir o voto, mas dar oportunidade ao povo de conhecer o candidato e seu programa'', ponderou.
Para o petista, mesmo que os adversários partam para acusações mais graves contra ele na televisão, não mudará sua postura leve. ''A mim, não me preocupa o que irão fazer os meus adversários'', afirmou. Indagado sobre as provocações do presidenciável Ciro Gomes (PPS), sobre a sua postura 'light', Lula disse que não costumava falar mal de 'um amigo e colega de oposição'.
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Lula se apresentou, também, como o único dos candidatos capaz de conter a onda de invasões que invade o País, patrocinada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Mas, escondeu o jogo, sem entrar em detalhes. ''Posso garantir que sei como fazer e farei com tranqüilidade'', afirmou, ressaltando que a reforma agrária era uma das suas principais bandeiras de luta, porque ninguém melhor do que ele, que havia deixado Pernambuco como vítima da seca, tinha disposição para enfrentar o problema.