Um grupo de estudantes queimou, na Boca Maldita, Centro de Curitiba, as bandeiras dos Estados Unidos e Canadá em protesto ao embargo à carne bovina brasileira pelos governos canadense, norte-americano e mexicano. O Canadá mantém a proibição à importação da carne bovina brasileira sob o argumento de que o País não teria condições sanitárias para identificar a presença da doença da vaca louca no rebanho.
Essa foi a segunda manifestação de repúdio ao embargo na Boca Maldita. Semana passada a União da Juventude Socialista (UJS) tentou levar uma vaca ao Centro de Curitiba para criticar a decisão canadense, mas foi impedida pela prefeitura municipal.
Nesta sexta-feira, os manifestantes não se detiveram ao caso canadense. Eles aproveitaram o ato público para criticar as relações comerciais entre os países desenvolvidos e do terceiro mundo.
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"O Canadá é apenas a ponta do iceberg, o problema maior é a Alca (Área de Livre Comércio das Américas)", disse o presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE), Gustavo Moraes. "As condições impostas pela Alca beneficiam apenas os países já desenvolvidos e prejudica o Mercosul, por isso somos contra."
Em março, os estudantes do Brasil, Paraguai e Uruguai pretendem interromper o trânsito na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, na divisa do Brasil e Argentina, por algumas horas como protesto contra as relações internacionais da Alca.
O manifesto de Foz do Iguaçu está sendo organizado pela Organização Caribenha e Latino-americano (Oclai). A União Paranaense dos Estudantes do Ensino Secundário (UPES) também participou da queima das bandeiras.
Leia mais em reportagem de Emerson Cervi, na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste sábado