O ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná, Abib Miguel, conhecido como Bibinho, deixou o quartel da Polícia Militar de Curitiba na tarde desta sexta-feira (11). Acusado de ser o principal responsável por desvios de recursos da Assembleia por meio de contratação de funcionários fantasmas, ele estava preso havia 49 dias. A liberdade foi conseguida depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) José Antonio Dias Toffoli determinou a suspensão das investigações na área criminal que eram feitas pelo Ministério Público paranaense.
A sentença do ministro não foi divulgada, pois corre em segredo de Justiça, mas o argumento dos advogados do ex-diretor é que a atual investigação é desdobramento de outro caso, conhecido como Esquema Gafanhoto, em que deputados e assessores depositavam os salários de vários funcionários em uma mesma conta para que pudessem manipulá-las livremente. Essa investigação começou em 2008 e era conduzida pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal, mas foi interrompida por questionamentos sobre se a competência era federal ou estadual.
Na atual investigação, o Ministério Público do Estado disse já ter comprovado o desvio de pelo menos R$ 26 milhões. Pela acusação, pessoas eram incluídas na listagem de funcionários da Casa, em diários mantidos em sigilo, o que dificultava a fiscalização. Os salários eram depositados mensalmente.
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O MP apresentou duas denúncias à Justiça, com acusações de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, desvio de recursos públicos e falsidade ideológica. O órgão ainda não se pronunciou sobre a decisão do ministro do STF.