Os advogados do diretor da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, preso em novembro do ano passado, na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, pediram hoje (8) o desbloqueio das contas bancárias dele à Justiça Federal. Por determinação do juiz federal Sérgio Moro, as contas dos investigados na operação foram bloqueadas até o limite de R$ 20 milhões, para garantir ressarcimento em eventuais condenações por corrupção.
Na petição, a defesa de Pessoa alega que os bancos extrapolaram a decisão judicial e impedem o livre uso das contas para pessoas autorizadas a fazer saques e outras movimentações. "A impossibilidade de livre utilização das contas bancárias de titularidade do requerente, sendo uma das delas inclusive co-titularizada por sua esposa, tem trazido diversos e ilegais transtornos aos parentes do requerente, como é fácil de se depreender", disse a defesa.
Ricardo Pessoa é réu em duas ações penais na Justiça Federal em Curitiba. Ele é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de coordenar o funcionamento do cartel entre empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras.
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Segundo depoimentos de delação premiada de Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, diretor da Toyo Setal, as empreiteiras envolvidas no esquema participavam de um "clube" para distribuir entre si os contratos com órgãos públicos, principalmente oriundos da estatal.