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Preso pela Polícia Federal

Fernando Collor nega relação com o doleiro londrinense Alberto Youssef

Agência Estado
26 mai 2014 às 17:46

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- Divulgação
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O ex-presidente da República e senador Fernando Collor (PTB-AL) negou nesta segunda-feira, 26, ter qualquer relação com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal. Durante a busca e apreensão feita no escritório do doleiro, a PF encontrou oito comprovantes de depósitos bancários que, somados, chegam a R$ 50 mil, em nome do senador.

Os repasses, que vieram a público na semana passada, teriam sido feitos no intervalo de três dias, em maio de 2013. "Posso afirmar de forma e de modo categórico que não o conheço e jamais mantive com ele qualquer relacionamento de forma pessoal ou político", afirmou.

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Durante o pronunciamento de 18 minutos da tribuna do Senado assistido por apenas três senadores, Collor não negou ter recebido os depósitos, mas não esclareceu os motivos para o recebimento do dinheiro em sua conta.

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O ex-presidente anunciou que vai pedir à Polícia Federal, ao juiz federal Sérgio Moro, do Paraná, e ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, acesso aos documentos da operação Lava Jato que mencionam os repasses.

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O senador do PTB disse que não conhece o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, que estava preso e foi solto na semana passada por ordem do Supremo. Afirmou conhecer Pedro Paulo Leoni Ramos, que foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos durante seu mandato presidencial. Mas só isso. "Mantenho com ele e a família relação há mais de 30 anos de amizade e de respeito", declarou.


Uma empresa de PP, como Pedro Paulo é conhecido, havia feito um pagamento de R$ 4,3 milhões para uma consultoria de Paulo Roberto Costa e a suspeita da Polícia Federal é que Collor seria um dos beneficiários do esquema de distribuição de propina a políticos a partir do desvio de recursos da Petrobrás.

No pronunciamento, o ex-presidente fez questão de citar a manifestação do juiz Sérgio Moro, que, ao enviar toda a operação Lava Jato para o Supremo semana passada, isentou-o de envolvimento com a operação. "Observo que não há qualquer indício do envolvimento do referido parlamentar nos crimes que já foram objeto das aludidas oito ações penais propostas", destacou.


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