O Bonde traz diariamente a sinopse do noticiário político nos principais jornais do país. Confira os destaques desta segunda-feira:
Folha de São Paulo
* FHC montou um cinturão de proteção para impedir que "fogo amigo" continue a atingir a candidatura Serra. Para o Planalto, a maior parte dos problemas que o tucano enfrentou até agora surgiu de antigos aliados que estão descontentes com sua atuação na campanha.
* FHC já se encontrou pessoalmente com Paulo Renato, para pedir que ele pare de alimentar o noticiário contra Serra. Além disso, mandou Clóvis Carvalho procurar Ricardo Sérgio e garantir seu silêncio. E enviou um emissário para falar com Benjamin Steinbruch e pefelistas que não gostam de Serra.
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* Jorge Murad, marido de Roseana Sarney, tem dito a políticos maranhenses que teria como derrubar a pré-candidatura Serra. Bastaria, segundo ele, contar o que ele sabe sobre Ricardo Sérgio. Sua fonte é o amigo Miguel Ethel, que atuou, a pedido do ex-diretor do Banco do Brasil, nas privatizações.
* Os estrategistas de campanha de Serra têm um plano de ataque a Ciro Gomes (PPS). O principal objetivo é impedir que o candidato ocupe os programas do PTB e do PDT, que podem lhe dar mais de uma hora na TV em junho. Para isso, o PSDB recorrerá novamente ao TSE.
O Estado de São Paulo
* A vantagem de Lula nas pesquisas reaproxima o PFL do PSDB, o que pode resultar em ganhos para a candidatura do tucano José Serra. "Não podemos facilitar a eleição de Lula", diz o deputado Roberto Brant (MG), da executiva do PFL. O presidente do PSDB, deputado José Aníbal, diz que as negociações para alianças estaduais avançam. (pág. 1 e A4)
* O presidente FHC, que já se atrapalhou para dizer se crê em Deus, ontem fez sinal-da-cruz, comungou e beijou a mão do Papa.
O Globo
* Aqueles tucanos que, por força de suas funções institucionais, convivem amiúde com o presidente Fernando Henrique Cardoso estão apreensivos com os rumos da campanha do senador José Serra. Ficaram alarmados quando ouviram o candidato dar nota 7,5 para o Governo no programa de Jô Soares. E projetam o pior caso ele persista na tentativa de se diferenciar do Governo que representa.
Jornal do Brasil
* Um levantamento nacional sobre a disputa para as prefeituras de 2000 mostra que a urbanização não reduziu o domínio do voto conservador e expõe a força eleitoral dos chamados grotões em um perfil diferente dos desenhados pelas pesquisas até agora.
Segundo o "Atlas das Eleições Municipais de 2000", nas cidades com até 100 mil eleitores, que acomodam 56% dos votantes no Brasil, nos partidos alinhados com o Governo elegeram quase 4 mil prefeitos, contra 712 apoiados por siglas de oposição.
Nas unidades maiores, a situação muda, mas não o suficiente para uma inversão: cerca de 53 municípios estão nas mãos dos governistas, enquanto os oposicionistas controlam 50.
Segundo o autor da pesquisa, o cientista político César Romero Jacob, na PUC-RJ, a entrada em operação dessa poderosa máquina partidária, que só deve acontecer após as convenções de junho, deverá ser o fato decisivo em uma eleição em que se escolhe, além do presidente, o governador, dois terços do Senado, deputado federal e estadual.