O presidente licenciado do PTB, deputado federal Roberto Jefferson, faz novas revelações sobre a utilização de do dinheiro de estatais para o pagamento de "mensalões" aos deputados da base aliada. As informações constam de uma matéria publicada nesta quinta-feira (30) pelo jornal "Folha de S. Paulo".
Jefferson afirma que a estatal Furnas Central Elétrica dividia R$ 3 milhões desse caixa dois entre o diretório nacional do PT, o diretório mineiro do partido e alguns parlamentares da base aliada.
Na reportagem, o deputado afirma que ficou sabendo da operação por meio do diretor de Engenharia da estatal, Dimas Toledo. Toledo não foi localizado ontem pela Folha para comentar as acusações do ex-presidente do PTB.
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Toledo teria explicado que dos R$ 3 milhões, 1 vai para o PT nacional, pelas mãos do tesoureiro do partido, Delúbio Soares. Outro R$ 1 milhão ia para o PT de Minas Gerais e o restante era dividido meio a meio: R$ 500 mil para a diretoria de Furnas e R$ 500 mil para um grupo de deputados que trocaram o PSDB por partidos da base aliada do governo.
Jefferson teria relatado pessoalmente o caso para José Dirceu, então ministro da Casa Civil.
A comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga denúncias de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ouve nesta quinta-feira Antônio Osório Menezes Batista e Eduardo Medeiros de Morais. Os dois são ex-diretores da estatal das áreas de Administração e de Tecnologia, respectivamente. A tomada de depoimentos ocorre às 9 horas, no Senado Federal.
À tarde, a partir das 14 horas e no mesmo local, os membros da CPMI vão ouvir o deputado Roberto Jefferson (PTB/RJ), citado na fita em que o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material da ECT Maurício Marinho aparece recebendo R$ 3 mil.
Fonte: Folha Online e ABr