O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu mandados de busca e apreensão na Fundação Cultural de Cambé, durante a manhã desta terça-feira (12). No local, foram apreendidos computadores e documentos. O chefe do Departamento de Eventos da Fundação Cultural, José Horácio, foi encaminhado à sede do órgão para prestar esclarecimentos.
A denúncia é de que ele teria recebido propina de uma empresa terceirizada da prefeitura, contratada por R$ 400 mil para realização de eventos. O Gaeco teria conseguido gravações em vídeo do ilícito. O material estava dentro de um computador apreendido durante a Operação Antissepsia, que investigou desvios na área da saúde de Londrina. O vídeo com pagamento de propina estava em uma máquina de David Garcia de Assis, que trabalhava no setor de contabilidade do Instituto Atlântico. Ele também prestou depoimento na tarde de hoje.
Ainda não é confirmado o envolvimento da Secretária de Cultura, Arisia Mendes Gonçalves. Ela está em viagem oficial e acompanhando o prefeito João Pavinato (PSDB), em Curitiba. A vice-prefeita, Maria Aparecida Pascueto, estaria em um evento oficial e não pôde atender a reportagem. O secretário de Governo, Luiz Cesar Lazari, foi designado para falar oficialmente sobre o caso.
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Ele, por enquanto, nega qualquer ilicitude na Fundação Cultural. "Confiamos na nossa equipe até que se prove o contrário", afirmou. Ele afirmou que todas as secretarias do município estão a disposição das autoridades policiais para esclarecimento.
O município pode abrir uma sindicância para apurar o fato. "Se houver indícios, certamente vamos abrir sindicância", disse. Horácio, que foi liberado durante a tarde, não deve ser afastado do cargo.