O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) espera finalizar ainda neste ano os inquéritos sobre supostas fraudes em licitações abertas pela Prefeitura de Londrina na administração do prefeito cassado Barbosa Neto (PDT). A informação é do delegado Alan Flore.
"Ouvimos algumas pessoas nessa semana e vamos continuar com as oitivas nos próximos dias. Queremos finalizar o inquérito o mais rápido possível, no máximo em até três semanas".
O Gaeco apura se existe irregularidades em três contratos firmados entre a prefeitura e empresas. Com a J. Coan, responsável por fornecer a merenda escolar; com a Proguarda, que realiza a vigilância nos prédios das escolas; e ainda a compra de livros didáticos considerados racistas pelo Ministério Público e que que foram recolhidos das escolas municipais.
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Alan Flore não especificou as funções das testemunhas ouvidas pelo Gaeco nem adiantou o teor dos depoimentos.
"No momento prefiro não falar sobre o conteúdo do que está sendo investigado".
Os novos inquéritos são reflexos da conclusão de investigação que apontou o favorecimento de empresas na licitação que previa a compra de uniformes escolares. Barbosa Neto (PDT) e o ex-prefeito José Joaquim Ribeiro (sem partido), que renunciou após o caso, teriam recebido propina em troca da suposta fraude, conforme a apuração do Gaeco. Outros ex-secretários municipais tiveram os nomes envolvidos no escândalo.